Faleceu na madrugada deste sábado, aos 93 anos, o apresentador e empresário Senor Abravanel, mais conhecido como Sílvio Santos. Ele deixa seis filhas, que vão continuar o seu legado no comando do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT).
Silvio Santos estava internado no Hospital Albert Einstein desde o começo de agosto.
A carreira do apresentador pela televisão brasileira percorre seis décadas, passando por várias emissoras – incluindo a rede Globo – antes de fundar o SBT em 19 de agosto de 1981.
A trajetória chegou a render um seriado (O Rei da TV) e um filme, que será lançado em 5 de setembro.
Nasceu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1930, filho de Alberto Abravanel e Rebeca Caro. Chegou a trabalhar como camelô na capital carioca, vendendo capas para Títulos de Eleitor e canetas nas ruas do Rio de Janeiro.
Adulto, passou a trabalhar na Rádio Mauá, como locutor. De lá, migrou para a Rádio Tupi e, em seguida, para a Rádio Continental.
Em 1958, Manoel da Nóbrega, amigo pessoal do dono do SBT, pediu ajuda para administrar a empresa Baú da Felicidade. À época, Nóbrega estava com dificuldades para tocar o negócio. Enxergando potencial no empreendimento, ele comprou a empresa e começou o Grupo Silvio Santos.
O nome artístico Silvio Santos surgiu quando a carreira no rádio e televisão virou uma opção para o vendedor aumentar seus lucros. Estreou na TV em 1962, no programa Vamos Brincar de Forca, na TV Paulista. No ano seguinte, estreou o Programa Silvio Santos, no ar desde 1963.
No SBT, fez apostas arriscadas – e que deram certo – com pouco espaço para jornalismo e grandes blocos de entretenimento, entre programas de auditório e séris e novelas mexicanas, como a comédia El Chavo del ocho, aqui lançada como Chaves.
A programação lançou nomes como Gugu Liberato, Celso Portioli, Eliana, Mara Maravilha, Maisa e Larissa Manoela.
Ele chegou a se candidatar a presidência da república, em 1989, candidato pelo Partido Municipalista Brasilero (PMB). A chapa, no entanto, foi impugnada em 9 de novembro de 1989 – uma semana antes das eleições – por não respeitar prazos previstos em lei; ao todo, 18 partidos registraram pedidos de impugnação da chapa.