Morreu na manhã desta quinta-feira o ator e diretor Ney Latorraca, de 80 anos, no Rio. Latorraca estava internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, por conta de um câncer de próstata e morreu em decorrência de uma sepse pulmonar.
O câncer foi diagnosticado em 2019. Na época, Ney foi operado e retirou a próstata. A doença voltou em agosto deste ano, já com metástase.
As informações são do portal G1.
Ele deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. O local e horário do velório ainda não foram definidos.
O artista estreou na Globo em 1975 na novela “Escalada” e, ao longo da carreira, se destacou em novelas e programas humorísticos, como Quequé, em “Rabo de saia” (1984), o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991) e Barbosa, em “TV Pirata”.
“Ator já nasce ator. Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver. Sempre fui uma criança diferente das outras: às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro”, disse o ator em depoimento ao Memória Globo.
Ney Latorraca nasceu em Santos (SP) no dia 25 de julho de 1944. Era filho de artistas. O pai, Alfredo, era cantor e crooner de boates, e a mãe, Tomaza, corista.
Estreou na TV em 1969, em “Super plá”, na TV Tupi, e no cinema em “Audácia, a fúria dos trópicos”. Em seguida, trabalhou na TV Cultura e na TV Record, antes de estrear de vez na Rede Globo em 1975, na novela “Escalada”.
Com Vera Fischer, interpretou uma cena de estupro em “Coração alado” (1980), a primeira em uma novela das oito; em 1990, trabalhou no SBT na novela “Brasileiras e brasileiros”, retornando à Globo em 1991 como o vampiro Vlad, em “Vamp”.
Em 1994, retornou ao SBT, para fazer o remake da novela Éramos Seis. Ao mesmo tempo e posterior a esse trabalho, encenou respectivamente as seguintes peças, O Médico e o Monstro (1994), Don Juan (1995) e Quartett (1996).
Em 1997, de volta à Globo, trabalhou na novela Zazá, como o vilão Silas Vadan. Depois, em 1999, volta ao teatro para participar da montagem de O Martelo.
Em 2000, fez parte do núcleo cômico da novela O Cravo e a Rosa, formando um trio cômico com Maria Padilha e Eva Todor. Simultaneamente, atuou no espetáculo 3 x Teatro. Depois, em 2001, participou do longa metragem Minha Vida em Suas Mãos e, em 2002, participou da novela O Beijo do Vampiro, no papel do Conde Nosferatu, remetendo ao papel em Vamp.
Entre seus vários trabalhos para a Rede Globo, Ney Latorraca atuou em 18 novela s, seis minisséries e oito seriados. Tem ainda em seu currículo 23 longa-metragens e 13 peças. Sua última participação na Rede Globo foi no seriado “A Grande Família”, em 2011.
Ao lado de Marco Nanini, ficou 11 anos em cartaz com a peça “O Mistério da Irma Vap”, dirigida por Marília Pêra.