O renomado diretor americano David Lynch, famoso por filmes como “Cidade dos sonhos” (2002), “Eraserhead” (1977) e “O Homem Elefante (1980), assim como pela série “Twin Peaks”, faleceu nesta quinta-feira (16), aos 78 anos.
O mestre do surrealismo foi indicado ao Oscar quatro vezes.
Lynch foi diagnosticado em 2024 com um enfisema pulmonar. A causa mortis naõ foi revelada.
“Há um grande vazio no mundo agora que ele não está mais conosco”, escreveu a família de Lynch, no Facebook. “Mas, como ele diria, ‘fiquem de olho na rosquinha, e não no buraco’. É um dia lindo com raios de sol dourados e céus todos azuis.”
Seu primeiro longa-metragem, o surreal “Eraserhead”, trata de isolamento social, paternidade, e os desafios de se encaixar na “normalidade”. O filme se tornou sucesso cult e o levou a ser contratado para para escrever e dirigir “O homem elefante” (1980).
A história estrelada por John Hurt e Anthony Hopkins sobre vida de um homem desfigurado recebeu oito indicações ao Oscar — incluindo as de roteiro adaptado e direção para Lynch.
Pouco depois, teria um fracasso gigantesco com a adaptação de “Duna”, da qual ele pediu que seu nome fosse retirado – em alguns cortes do filme, a direção é creditada ao nome-fantasia “Alan Smythee”.
A queda seria breve no entanto: apenas dois anos depois era indicado ao Oscar novamente pela direção de “Veludo Azul”, e em 1990 ganharia a Palma de Ouro por “Coração Selvagem”; ainda em 1990 chocaria as TVs americanas com a surreal série de mistério “Twin Peaks” e o mistério da morte de Laura Palmer.
Em 2008, ele veio ao Brasil pela primeira vez, para divulgar seu livro “Em águas profundas – criatividade e meditação”.
Além do cinema, David Lynch também atuou como produtor musical e diretor de comerciais, marcados sempre pelo surrealismo, além de ter sido um dos pioneiros na animação para a Web, com Dumbland, em 2002.