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Mitos e verdades sobre os cigarros eletrônicos

Foto: Imagem ilustrativa/Pixabay

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

05/04/2024 - 11:04 - Atualizada em: 05/04/2024 - 11:10

Os cigarros eletrônicos, apesar de proibidos pela Anvisa desde 2009, têm ganhado popularidade no Brasil. Segundo o Ipec Inteligência, em 2022, mais de 2,2 milhões de adultos brasileiros usam esses dispositivos regularmente, e mais de 6 milhões já os experimentaram. Esse crescimento é significativo, considerando que em 2018 havia apenas 500 mil consumidores adultos regulares, um aumento de 4 vezes em apenas alguns anos.

Apesar da proibição, a comercialização dos cigarros eletrônicos acontece livremente no Brasil, o que levanta preocupações sobre a segurança e qualidade desses produtos. É importante esclarecer alguns mitos comuns sobre os cigarros eletrônicos:

1. Cigarro eletrônico é porta de entrada para o tabagismo? Um estudo da University College London não encontrou uma relação significativa entre o uso de cigarros eletrônicos e a migração para cigarros convencionais entre jovens. Apenas uma em cada dez pessoas que usam cigarros eletrônicos eventualmente se torna fumante de cigarro comum.

2. Aromatizantes nos cigarros eletrônicos foram criados para atrair crianças e adolescentes? Estudos mostram que os aromatizantes não estão associados à iniciação do tabagismo entre menores de 18 anos. Além disso, adultos que começaram com cigarros eletrônicos com sabores distintos de tabaco estão mais propensos a parar de fumar do que aqueles que utilizam o produto sem aromatizantes.

3. Cigarros eletrônicos têm mais nicotina que os convencionais? A concentração de nicotina nos cigarros eletrônicos é variável e pode ser menor do que nos cigarros convencionais, dependendo do produto.

4. Cigarros eletrônicos são opções para adultos fumantes: Cerca de 80 países regulamentaram os cigarros eletrônicos como uma alternativa para adultos fumantes, visando a redução de danos à saúde. Países como a Suécia obtiveram sucesso na redução do consumo de cigarros tradicionais ao promover os dispositivos eletrônicos como uma alternativa menos prejudicial.

É fundamental que os cigarros eletrônicos sejam regulamentados para garantir a segurança e a informação adequada aos consumidores. A regulamentação permitiria a definição de regras de importação, divulgação e monitoramento da utilização desses produtos. Portanto, é essencial que a discussão sobre a regulamentação dos dispositivos eletrônicos ganhe destaque no cenário nacional, visando a proteção dos consumidores e a promoção de alternativas mais seguras para os fumantes adultos. Ainda assim é importante ressaltar que vaporizadores e produtos de tabaco aquecido são produtos destinados a maiores de 18 anos, assim como o cigarro. Estes produtos não são isentos de riscos.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).