Maior aspirador do mundo promete sugar poluição do ar

Foto: Climeworks via CNN Newsource

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

13/05/2024 - 15:05 - Atualizada em: 13/05/2024 - 15:38

A “maior” usina do mundo projetada para capturar poluição atmosférica e combater o aquecimento global, como um grande aspirador de pó, começou a operar na Islândia na quarta-feira (8). A planta “Mammoth” é a segunda usina comercial de captura direta de ar (DAC, na sigla em inglês) inaugurada pela empresa suíça Climeworks no país e é 10 vezes maior que sua antecessora, Orca, que entrou em operação em 2021.

A tecnologia DAC é projetada para sugar o ar e remover o carbono usando produtos químicos. O carbono pode então ser injetado nas profundezas do solo, reutilizado ou transformado em produtos sólidos. Toda a operação da usina Mammoth será alimentada pela energia geotérmica da Islândia.

Soluções climáticas avançadas, como o DAC, estão ganhando mais atenção à medida que as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera atingem níveis recordes, e os cientistas alertam sobre os perigos do aquecimento global.

No entanto, tecnologias de remoção de carbono, como o DAC, são controversas devido a seus custos, alto consumo de energia e incerteza sobre sua eficácia em escala. Alguns críticos também estão preocupados que essas tecnologias possam desviar a atenção dos esforços para reduzir o uso de combustíveis fósseis.

A Climeworks planeja capturar 36.000 toneladas de carbono por ano com a usina Mammoth. A empresa espera reduzir os custos para cerca de US$ 100 por tonelada até 2050.

A tecnologia de remoção de carbono tem potencial, mas os desafios são enormes. As usinas DAC no mundo todo só conseguem remover cerca de 0,01 milhões de toneladas métricas de carbono por ano, muito abaixo dos 70 milhões de toneladas necessárias anualmente até 2030 para cumprir as metas climáticas globais, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

Apesar das críticas e desafios, a Climeworks tem grandes ambições, planejando expandir sua capacidade para 1 milhão de toneladas de remoção de carbono por ano até 2030 e 1 bilhão de toneladas até 2050, incluindo potenciais fábricas DAC no Quênia e nos Estados Unidos.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).