Os macacos possuem um trato vocal capaz de reproduzir sons semelhantes aos dos humanos, mas um único detalhe os impede de falar: a falta de controle neural sobre os músculos responsáveis pela articulação da fala.
A descoberta, publicada na revista Science Advances, desafia a ideia de que a anatomia dos primatas seria a barreira para a comunicação falada e reforça a teoria darwiniana, que aponta as restrições neurais como o verdadeiro obstáculo.
Pesquisadores realizaram um experimento inovador com um macaco-de-cauda-longa chamado Emiliano.
Utilizando imagens de raio-X e simulações computadorizadas, foi possível mapear sua anatomia vocal e gerar um modelo que reproduz a fala humana.
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O resultado surpreendente mostrou que, se tivesse um cérebro com o controle necessário, o primata poderia articular frases com clareza.
O estudo reforça a importância da estrutura neural no desenvolvimento da linguagem e também oferece novas pistas sobre o momento exato em que os humanos adquiriram a capacidade de organizar e expressar pensamentos por meio da fala.
Mais do que uma questão de anatomia, a comunicação verbal depende da evolução do cérebro e das conexões neurais que permitem transformar sons em palavras e significados.