A Schützenfest é um evento que celebra a tradição alemã e a rica herança cultural dos colonizadores germânicos que se estabeleceram na região, há 200 anos. A festa é organizada pelos Clubes e Sociedades de Tiro, com o objetivo de manter vivas as tradições, valorizando a história e os costumes que moldaram a identidade local. E os jovens têm um papel fundamental na preservação dessa cultura.
Desfilar com traje típico é uma forma de demonstrar esse envolvimento. Eles também participam das competições de tiro esportivo – tradição central da Schützenfest. As vestimentas, além de proporcionar uma sensação de pertencimento, conectam as novas gerações às raízes culturais.
As amigas Emanueli Pereira, 17 anos, Amanda Garghetti, 17 anos e Francieli Pricila Fachin, 18 anos, participam do grupo de dança Nordental. Elas acreditam que esse envolvimento ativo dos mais jovens é essencial para que as tradições alemãs continuem sendo transmitidas de geração em geração, garantindo que a Schützenfest permaneça não só como uma festa, mas como um símbolo da preservação e valorização cultural. “Sem contar as amizades que fazemos e a boas experiências que temos a oportunidade de vivenciar”, afirmam.
O jovem casal Guilherme Holtz, 25 anos e Carol Heidecke, 27 anos, se conheceu na Schützenfest, em 2018. O músico considera fundamental a manutenção da cultura germânica, da qual é descendente. “Cabe a nós levarmos adiante os costumes e a cultura da qual fazemos parte”, disse. Carol também ressalta a importância de manter viva a tradição familiar. “Devemos esse respeito aos nossos antepassados”, destacou.
Para o presidente da CCO da Schützenfest, Alcides João Pavanello, ao vestirem-se com roupas típicas e participarem de danças, músicas e brincadeiras tradicionais, os jovens reafirmam sua identidade cultural e fortalecem a integração comunitária.
Ele acredita que cerca de 35% dos participantes da festa é de pessoas com até 30 anos de idade. “E a grande maioria vem com roupas típicas. Consideramos um avanço pois o nosso maior desafio é fazer com que os jovens participem cada vez mais das sociedades, pois cabe à eles manterem vivas as tradições”, ressaltou.