Sede de um grande número de instituições religiosas e pedagógicas, Joinville tem uma abundância de corais para (quase) todos os gostos. Há, porém, uma diferença no Vox Camerata: seu perfil é profissional e foi montado para fins artísticos bem específicos, delineados antes do início dos trabalhos.
Os ensaios estão em curso e as primeiras apresentações acontecerão no segundo semestre. Sob a regência do maestro Rafael Daniel Huch, os 20 integrantes do grupo vocal (sopranos, contraltos, tenores e baixos) se preparam para mostrar, ao lado da Orquestra Prelúdio, “Glória RV 589”, de Vivaldi, uma das mais famosas peças sacras da música erudita.
Ao mesmo tempo, a Vox Camerata empreende uma pesquisa sobre o compositor e maestro catarinense José Acácio Santana. Grande incentivador do cantor coral, ele deixou mais de três mil obras e atendeu a 1,5 mil coros pelo Brasil.
– O Vox Camerata é um grupo independente, para o qual foi feita a seleção de cantores. Ele se diferencia dos coros pedagógicos porque não tem função para os alunos que precisam de prática de conjunto, isso é feito nas escolas. Ele tem uma função pedagógica, sim, mas de formação de plateia. Apesar de ser aberto a alunos de canto, o grupo tem outro formato. O cantor não participará para aprender a cantor. Ele tem que saber cantar e fazer o repertório proposto pelo grupo – explica Huch.
Foto: Rafael Daniel Huch, arquivo pessoal