
Bargteheide, na Alemanha, cidade do bisavô de Allan
“Muita gente, principalmente em Jaraguá têm direito a isso, mas não tem os documentos, ou não sabe como fazer, infelizmente”, ressalta.
O começo de uma nova vida
Antes dessa descoberta, Allan já tinha vivido uma experiência fora do Brasil. Durante a faculdade de Comércio Exterior ele fez um Work and Travel na Califórnia, nos Estados Unidos, por quatro meses, retornando ao Brasil em março de 2010. Nessa época já era fluente em inglês.
No Grand Canyon, nos Estados Unidos, em 2010

No Brasil, na despedida antes de ir para a Austrália
“Havíamos decidido ir para a Austrália nós três. Quando estava tudo pronto, ela acabou desistindo. Então fomos só eu e ele”, conta.

Austrália, Great Ocean Road
Conquistando um trabalho de dar inveja
Em novembro de 2015, Portugal entrava na vida de Allan, e dessa vez ele já iria como cidadão europeu - sua cidadania fora aprovada seis meses antes da viagem para a Austrália. Ele decidiu ir viver um pouco no país, e foi quando surgiu a oportunidade de trabalhar na Netflix para o mercado brasileiro (!!). Ele explica que a oportunidade acabou sendo uma coincidência, pois ele estava lá justo na época que a empresa estava contratando - segundo Allan, a Netflix não trazia pessoas de outros países para trabalhar porque era muito complicado legalmente.
Com a galera do trabalho, na Netflix, em Portugal
“Eles precisavam de brasileiros com permissão de residência na Europa e inglês fluente, pois além de conversarmos com outros brasileiros, também era preciso ligar pra Califórnia e resolver alguns contratempos que aconteciam, mas tudo muito tranquilo”, explica.Em resumo, seu tempo era dividido entre receber ligações de clientes, dar suporte à equipe de atendimento e entrar em contato com a central da Netflix na Califórnia.
Novos desafios e uma língua bem diferente
No tempo que estava em Portugal, Allan foi de férias para a Alemanha, onde encontrou alguns possíveis parentes e se apaixonou pelo país. A partir daí, voltou para Portugal, esperou terminar seu contrato e, em junho de 2016, se mudou pra a Alemanha.
Em Hamburgo, na Alemanha

Hamburgo, canais da cidade
“O ensino aqui é muito rígido e muito eficiente. Além disso, faço um curso para me integrar na cultura deles, que é completamente diferente da referência que temos do que é ser alemão”, conta.Algumas curiosidades Allan dividiu com a gente alguns aspectos culturais diferentes que vive por lá, confere só:
- O domingo é sagrado para o descanso, por isso até os supermercados fecham. E todos passam o dia com a família, fazendo serviços domésticos ou indo ao parque.

Hamburgo aos domingos
- Conforme Allan, Hamburgo é uma cidade bonita, limpa, organizada e as pessoas têm uma maneira especial de cuidar das próprias casas, com flores ou algum detalhe que sempre chama a atenção;

Em Hamburgo, no parque
- Segundo ele, uma coisa muito engraçada é que há esquilos e coelhos por vários cantos da cidade - inclusive no parque ao lado de sua casa. “E estamos falando de uma cidade de quase dois milhões de habitantes!”
- Ele estava preparado pra encontrar uma maioria de luteranos, mas muitos alemães são ateus;
- Eles são muito carinhosos ao receber as visitas, sempre com flores ou presentes. Porém, a visita à casa de alguém deve ser sempre anunciada previamente. Eles não se sentem constrangidos em dizer que não desejam sua visita em determinado dia se já têm um compromisso.
Vencendo desafios
Perguntei ao Allan se teve algum momento que ele não sabia se iria superar, algo que ele arriscou e conseguiu vencer. Para ele, a chegada na Austrália foi um desses momentos.
No trabalho, na Austrália