Betty Cartledge, 81 anos, viveu sua vida sem exercer um direito fundamental: o voto. Impedida pelo marido, veterano da Guerra da Coreia, de participar politicamente, ela foi, durante décadas, silenciada. Acreditava que seu papel era restrito aos afazeres domésticos. No entanto, com a morte do marido em abril, Betty se viu em um novo capítulo de sua vida.
Determinada a querer votar e incentivada por sua sobrinha, Moore, Betty não só aprendeu a ler e escrever, como também se registrou para votar. Nas eleições entre Kamala Harris e Donald Trump, Betty aproveitou a oportunidade de votação antecipada, prática comum em 47 estados dos EUA.
“A escolha é minha”, afirmou ela com convicção.
Esse momento histórico para Betty representa mais do que o simples ato de votar. É uma vitória pessoal, um passo que a coloca, pela primeira vez, no centro das decisões políticas de seu país.
“Eu era tão jovem, quando nos casamos, nunca pensei realmente sobre isso. E então fiquei velha e pensei que não conseguiria para votar”, disse Betty à Latin Times.
Agora viúva e livre para expressar suas opiniões, Betty exemplifica a força e a resiliência de quem, mesmo após uma vida de limitações, busca novas formas de participar ativamente da sociedade.