Hoje, dia 22 de maio, é celebrado o Dia do Abraço. Presente em momentos difíceis e de celebração, esse gesto sempre tem seu lugar garantido, afinal quem não gosta de receber um abraço quentinho? A data carrega uma história real, quando o australiano Juan Mann passava por um momento difícil e decidiu criar uma campanha nas ruas da sua cidade natal. Venha conhecer um pouco mais dessa história.
Em maio de 2004 Juan morava em Londres, na Inglaterra, e enfrentava um período turbulento: seu noivado havia terminado e seus pais estavam se divorciando. Diante dessa situação ele voltou para Sydney, sua cidade natal, e decidiu andar pelas ruas com um cartaz escrito “Free Hugs” (“Abraços Grátis”).
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Juan se posicionou em um dos pontos mais movimentados da cidade e passou a oferecer abraços a estranhos. A recepção? Um misto de curiosidade, desconfiança e, claro, muito carinho. O que era apenas um gesto simples se transformou em um movimento mundial.
Do gesto espontâneo ao movimento mundial
A ação de Juan não agradou às autoridades locais, que baniram a prática com a justificativa de que causaria aglomerações e desordem. A história ganhou o mundo quando a banda Sick Puppies realizou um videoclipe com imagens da campanha, que viralizou na internet. O vídeo acumulou milhões de visualizações e colocou o nome de Juan Mann no mundo.
Juan se afastou dos holofotes, decepcionado por não ter obtido nenhum ganho material com o sucesso do vídeo. Segundo o jornal britânico The Guardian, ele se recolheu pouco tempo depois do estouro da campanha. Mas ainda assim, sua ideia continuou viva: os abraços grátis ganharam as ruas do mundo todo.
Foi a partir dessa iniciativa que o Dia do Abraço foi oficializado no Brasil em 2009. A data traz um lembrete significativo de que muitas vezes, tudo que alguém precisa é um bom e velho abraço apertado.
O poder do abraço
Mais do que um gesto afetuoso, o abraço é hoje reconhecido pela ciência como um poderoso aliado da saúde física e mental. Uma pesquisa publicada na respeitada revista Nature em 2024 mostrou que o toque físico frequente, incluindo abraços, ajuda a aliviar sintomas de ansiedade e depressão em até 32% dos casos analisados. O estudo reuniu dez mil participantes e revelou que o benefício não está necessariamente na duração do toque, mas na sua constância.
Outro estudo, de 2020, da Western Journal of Communication, apontou que o abraço também pode reduzir inflamações no corpo. Os pesquisadores mediram a quantidade de substâncias inflamatórias na saliva de adultos que registraram quantos abraços davam e recebiam ao longo de 14 dias. Quanto mais abraços, menos inflamação.
Abraçar pode até te ajudar a lidar melhor com aquele resfriado chato. Uma pesquisa de 2014, da Psychological Science, monitorou participantes que, após passarem por situações estressantes e de exposição a vírus, se mostraram menos suscetíveis à gravidade da infecção se tivessem recebido muitos abraços nos dias anteriores.
*Com informações da CBN e CNN Brasil