Saiba identificar no seu dia a dia se a gasolina que você usa está adulterada

Por: Elissandro Sutil

05/05/2016 - 09:05 - Atualizada em: 05/05/2016 - 14:05

Seu veículo começou a falhar “do nada”? Pode ser que você esteja andando com gasolina adulterada! Saiba que é prejudicial ao veículo e pode lhe trazer muita dor de cabeça, além de pesar no bolso. Mas o que fazer quando sabemos ou desconfiamos que um posto esteja vendendo combustível “batizado”?

Primeiro é preciso saber que, por lei, é permitido que os postos misturem até 2% de solvente com gasolina e em 24% o do álcool, porém não é isso que acontece em muitos postos do Brasil.

São muitos os problemas causados por quem abastece com gasolina adulterada, confira alguns:

Consequências:

– Perda de desempenho;
– Maior consumo de combustível;
Entupimento da bomba de gasolina que fica no tanque e leva o combustível até o motor. Com isso, o carro começa a falhar e o motor “morre” sendo preciso dar a partida várias vezes para o carro voltar a funcionar. Em média um conserto nestes casos chega em torno de R$ 300;
Corrosão do sistema de injeção eletrônica, que é um conjunto de peças que injetam a quantidade exata de gasolina nos cilindros para o motor funcionar, evitando desperdícios. Caso este sistema parar de funcionar, o carro para também. Mas aí é bom preparar o bolso, pois um conserto no sistema de injeção eletrônica, custa, em média, R$ 1,5 mil nos veículos populares;
– Acúmulo de resíduos na parte interna do motor, causado pela queima de gasolina adulterada. Esses resíduos ocupam o espaço de movimentação das peças móveis do motor, dificultando a articulação dessas peças. Se o motor fundir, o conserto não fica por menos de R$ 1,2 mil, variando de acordo com o veículo.

Problemas da gasolina adulterada:

– Falhas no funcionamento do motor;
– Instabilidade da marcha lenta;
– Aumento no consumo de combustível;
– “Batida de pino” e engasgos no motor;
– Travamento das válvulas;
– Depósitos no pistão;
– Danos ao diafragma da bomba de combustível;
– Diluição excessiva do óleo lubrificante, causando desgaste dos mancais, cilindros e anéis de pistão;
– Danos à carcaça da bomba de combustível;
– Danos às juntas, retentores e componentes à base de borracha;
– Aumento na emissão e na periculosidade dos poluentes;
– Prejuízo para o meio ambiente, para a coletividade e para o seu bolso.

Como escolher um posto para abastecer:

– Abasteça sempre no mesmo posto. Se o combustível estiver adulterado será mais fácil identificá-lo;
– Desconfie de combustível com preço muito baixo, pois pode estar misturado ou adulterado;
– Use gasolina aditivada com frequência. Além de ser menos adulterada, contém detergentes que limpam o motor;
– Abasteça até 1/4 de tanque. Se o combustível estiver adulterado, poderá diluí-lo com gasolina aditivada;
– Veja se o posto de sua preferência faz o controle da qualidade do combustível anunciado pela distribuidora;
– Cheque no posto se há lacres eletrônicos instalados nos bocais dos reservatórios de combustíveis;
– Caso desconfie do combustível, retorne ao posto e exija um teste do produto. É um direito do consumidor;
– Se houver irregularidades, denuncie para a distribuidora ou órgãos de fiscalização, e mude de posto.

Denunciar postos com gasolina adulterada:

– A responsável pela fiscalização da rede de distribuidoras e postos de combustíveis é a ANP (Agência Nacional do Petróleo), porém a agência não possui fiscais suficientes para fiscalizar todos os postos;
– O consumidor pode ajudar denunciando ao Procon ou diretamente na ANP pelo telefone 0800-61-55-55.

Agora já deu para ter uma noção, não é? É importante ficar atento a cada pequena desregularidade ou anormalidade que o veículo apresentar e seguir com os procedimentos. 😉

Fonte: Mundo das Tribos