Explorando a natureza em Jaraguá do Sul: encantos para todas as idades no Parque e Pico Malwee

Foto: Divulgação

Por: Maria Luiza Venturelli

17/01/2024 - 14:01

Situados em Jaraguá do Sul, o Parque Malwee e o Pico Malwee representam preciosos tesouros naturais acessíveis aos habitantes locais e visitantes. Pertencentes à família Weege, esses refúgios oferecem experiências únicas em meio à natureza deslumbrante da região.

O Parque Malwee é um amplo espaço verde aberto à visitação pública, proporcionando trilhas encantadoras, áreas para piqueniques e ambientes ideais para atividades ao ar livre. Sua generosidade em tamanho e diversidade de flora e fauna cria um ambiente propício para passeios relaxantes e momentos de lazer.

Já o Pico Malwee destaca-se como um ponto de observação privilegiado, proporcionando vistas panorâmicas impressionantes da paisagem circundante. A elevação oferece uma experiência única, permitindo que os visitantes apreciem a beleza da cidade e seus arredores a partir de uma perspectiva única.

Ambos os locais compartilham a gratuidade de entrada. Esse diferencial torna esses refúgios naturais ainda mais acessíveis, proporcionando à comunidade e aos visitantes a oportunidade de explorar e apreciar a natureza sem barreiras financeiras.

Parque Malwee

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O Parque Malwee se destaca como um destino imperdível para quem busca aproveitar momentos de lazer e contato com a natureza. Seja para uma caminhada revigorante, um piquenique em família ou mesmo para praticar esportes ao ar livre, as opções são diversas e acessíveis a todos.

O local foi inaugurado em 27 de setembro de 1978, mesmo dia do aniversário de seu fundador, Wolfgang Weege. O criador do projeto teve a ideia em 1975, durante a primeira viagem que fez a Europa, onde conheceu diversos lugares que o inspiraram a criar um parque em Jaraguá do Sul, por conta disso, o parque contém referências dos países pelos quais seu fundador passou.

Foi então que Weege resolveu dar início aos estudos de implantação e planejamento do que viria a ser o espaço. Originalmente, o Parque Malwee era um grande campo de plantação de arroz, com pouquíssima vegetação nativa. Com 1,5 milhão de metros quadrados, o campo recebeu o plantio de espécies de árvores trazidas de várias partes do mundo e de muitas espécies típicas da região norte do estado de Santa Catarina.

O sonho tornou-se realidade em 1978, quando o parque foi inaugurado. Na festa de inauguração, Wolfgang encenou a chegada dos seus antepassados ao Brasil. Trajados com roupas da época, a família Weege cruzou uma das lagoas do parque a bordo de um barco que representava o veleiro Lord Brougham que trouxe a família para o Brasil, em 1868.

Hoje, com 16 lagoas, mais de 35 mil árvores originárias de diversas partes do mundo, assim como centenas de espécies de aves, o parque possui uma das maiores áreas de preservação ambiental de Santa Catarina e é referência nacional de preservação da fauna e flora brasileiras.

Em meio à exuberante paisagem, o parque oferece aos visitantes uma infraestrutura completa, com quiosques e churrasqueiras espalhados em toda a sua extensão. Tem, ainda, trilhas de bike, pista de bicicross e até passeio de pedalinho na lagoa.

Para os pequenos, também existe um projeto paisagístico em formato de labirinto, idealizado para aguçar o senso de direção das crianças. No local, os baixinhos se divertem e podem “se perder” à vontade.

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Cultura

Desde 1988, um ano depois do falecimento do idealizador do Parque Malwee, o local abriga o complexo Museu Wolfgang Weege, inscrito no Sistema Nacional de Museus do Brasil e composto por dois museus e um espaço de cultura: o Museu II, uma casa no estilo enxaimel construída em 1938; o Museu I, uma casa no estilo colonial construída em 1945; e o Espaço de Cultura Popular Bertha Weege. a maioria das peças em exposição no museu foi doada pela comunidade e representam a vida doméstica, de trabalho, estudo e lazer dos primeiros imigrantes da região.

Preservação à natureza

Referência nacional em preservação ambiental, o Parque Malwee é mantido exclusivamente pelo Grupo Malwee e pela família Weege, recebendo mais de 150 mil pessoas anualmente. O local é uma opção de lazer que alia beleza natural, conforto e acessibilidade. A equipe do parque trabalha constantemente para manter uma área bem conservada e oferecer um ambiente agradável para os visitantes.

Onde encontrar

Aberto todos os dias da semana, das 6h às 22h, e com entrada gratuita, o Parque Malwee fica na Rua Wolfgang Weege, 770, no Bairro Barra do Rio Cerro.

Pico Malwee

Foto: Divulgação

Mantido pelo Grupo Malwee, o local possui 1,4 milhão de metros quadrados e é uma importante atração turística de Jaraguá do Sul e região. O pico fica a 550 metros de altura e possui ampla infraestrutura como choupanas com churrasqueiras, água corrente e energia elétrica, lanchonete, banheiros e dois mirantes para contemplar a bela paisagem de Jaraguá do Sul.

Para quem visita o local nas primeiras horas da manhã, é indescritível a sensação de vivenciar o espetáculo visual da imensidão dos tons magníficos de um amanhecer a partir dos mirantes. As primeiras horas de Jaraguá do Sul tem cores vibrantes que transformam os minutos do amanhecer em lembranças inesquecíveis. Para ter o privilégio visual de prestigiar, basta acessar o mirante, uma estrutura suspensa, totalmente segura, com chão de vidro na ponta. Uma pitada de emoção nas alturas!

O Pico Malwee já era frequentado por praticantes de voo livre, ciclismo e caminhadas, mas foi em 2020 que ganhou toda essa estrutura que facilita a vida de quem quer um programa mais relaxante. Se você é adepto de algo mais radical, não esqueça de ir com roupas leves e confortáveis, calçar sapatos fechados e levar uma garrafinha com água.

O local está em uma área particular e toda a estrutura também é privada, apesar de disponível gratuitamente para a comunidade. A criação do espaço foi uma iniciativa do empresário Wander Weege, do Grupo Malwee, responsável também pelo Parque Malwee, um dos lugares mais bonitos e visitados de Jaraguá do Sul.

Todo o espaço é perfeito para quem deseja passar um dia inteiro lá apreciando o barulho que a natureza oferece e esquecer da rotina, afinal, estar em contato com a natureza melhora a saúde do corpo e da mente de qualquer pessoa.

Colocar o pé descalço na grama ou respirar o cheiro de terra molhada são prazeres muito distantes da realidade de quem está sempre ocupado com as tarefas da rotina. Entretanto, a ciência mostra que é essencial fazer contato com a natureza de tempos em tempos. Grande parte dos visitantes visita o parque Malwee para isso: se conectar com o ambiente e consigo mesmo.

As lhamas do pico

Além de toda a beleza da vegetação de mata atlântica, é possível encontrar algumas lhamas no local. O mamífero ruminante é bastante comum em regiões acima de três mil pés de altitude da América do Sul, como Chile, Bolívia, Peru e Argentina, e também podem ser encontradas no Pico Malwee, trazidas para o Brasil pela família Weege.

As lhamas do Pico Malwee foram trazidas do Paraná, devidamente acompanhadas da Guia de Trânsito Animal (GTA), através de uma barreira com permissão de ingresso na divisa estadual. As condições de saúde dos animais são atestadas pelos médicos veterinários da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

Os animais medem de 1,40 a 2,40 metros, contando com a cauda de cerca de 25 centímetros, chegando a pesar 150 quilos. São conhecidos pelo seu andar calmo e lento e normalmente são muito dóceis. O contato com as pessoas costuma ser muito amigável, porém, a lhama também é considerada o oitavo animal mais irritável do mundo, segundo o canal Animal Planet. Quando incomodado ou para chamar a atenção, o animal espirra um muco na direção do objeto de sua irritação. Sendo assim, todo cuidado é pouco!

Belas esculturas

Outro atrativo são as esculturas espalhadas pela área, fruto do trabalho de diversos artistas, vindos de diversas cidades, que ali mesmo reuniram ferramentas, técnica e inspiração para transformar diversos tipos de material em obras que enchem os olhos.

No ponto mais alto do pico, fica um verdadeiro ateliê a céu aberto com esculturas expostas ao ar livre, para todos os visitantes. Para cada artista, as artes representam o significado deste lugar de contemplação, natureza e lazer para a cidade.

Os materiais usados também chamam a atenção. São metais de reciclagem, blocos de mármore vindos de Camboriú e madeira em troncos de árvores que caíram com o Ciclone Bomba de 2020.

Foto: Divulgação

Onde encontrar

No bairro Barra do Rio Cerro, na rua Pastor Albert Schneider, é possível ver o pico ao fundo, logo ao lado da torre da Igreja Evangélica Luterana. É possível subir caminhando. Desde o início da rua até o topo, são cerca de três quilômetros, em uma subida estimada em 1h30.

Já a subida de carro conta com algumas curvas, porém, o acesso se dá sem dificuldades. Apesar de íngreme, carros sem tração 4×4 também sobem o pico tranquilamente. O local funciona todos os dias, das 6h às 18h45.

 

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Maria Luiza Venturelli

Jornalista apaixonada por contar histórias inspiradoras, formada pela Faculdade Ielusc