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Estudo revela que comer guloseimas com moderação pode reduzir riscos cardiovasculares

Foto: pixabay

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

10/12/2024 - 08:12 - Atualizada em: 10/12/2024 - 08:40

Um estudo inovador realizado pela Universidade de Lund, na Suécia, sugere que o consumo moderado de guloseimas pode ser mais benéfico para a saúde cardiovascular do que a eliminação completa do açúcar. A pesquisa, liderada pela professora Suzanne Janzi, foi publicada na revista Frontiers in Public Health no último domingo (8) e analisou dados de quase 70.000 pessoas, combinando dois estudos de longo prazo sobre os hábitos alimentares dos suecos.

A análise focou não apenas na quantidade de açúcar consumido, mas também na origem e no contexto do consumo, destacando a importância de como e quando o açúcar é ingerido. Segundo Suzanne Janzi, embora o estudo seja observacional e não prove uma relação de causa e efeito, os resultados sugerem que reduzir o consumo de açúcar a níveis extremamente baixos pode não ser tão benéfico para o coração quanto muitas vezes é defendido.

A pesquisa também destaca que a forma de consumo do açúcar — como parte de um lanche social ou de uma tradição cultural — pode desempenhar um papel importante nos efeitos sobre a saúde cardiovascular.

Um ponto interessante abordado no estudo é o conceito cultural sueco de fika, uma tradição que envolve pausas para café e doces. Janzi enfatiza que esse hábito, profundamente enraizado na sociedade sueca, pode influenciar os resultados do estudo. Dessa forma, é importante entender que os achados da pesquisa podem não se aplicar diretamente a outras populações com diferentes hábitos alimentares e culturais.

O estudo não só questiona a ideia de eliminar completamente o açúcar da dieta, como também reforça a necessidade de entender as complexidades por trás do consumo de alimentos doces. Isso abre uma nova discussão sobre como hábitos alimentares culturalmente específicos podem afetar nossa saúde de maneiras únicas.

Assim, para aqueles que buscam melhorar a saúde cardiovascular, o segredo pode estar na moderação. A chave, de acordo com a pesquisa, é avaliar o contexto e a qualidade dos alimentos consumidos, e não apenas focar na quantidade de açúcar isoladamente.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).