Estudante supera competidores de todo Estado e classifica Jaraguá pela primeira vez na Olimpíada de Língua Portuguesa

Por: OCP News Jaraguá do Sul

06/10/2016 - 07:10

Francielle Nascimento Viana, 12 anos, aluna do 7º ano da Escola Padre Alberto Jacobs, na Tifa Monos, foi uma das sete escolhidas entre todas as escolas públicas de Santa Catarina para concorrer como autora da melhor memória literária da 5ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa.

Essa é a primeira vez, em cinco edições, que Jaraguá do Sul se classifica para concorrer com um texto entre todos os estados do Sul do Brasil. Francielle foi classificada no gênero literário “memória literária”, que conta um relato histórico, para participar da etapa regional da olimpíada. Ela concorreu com os textos da escola, do município e de todo o estado de Santa Catarina.

Agora, pelo seu destaque com o texto “Mom wollen brot!” “Mamãe, quero pão!”, vai disputar com todas as memórias literárias de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Ela já tem garantidos os seguintes prêmios: um tablet, uma medalha e uma oficina de texto (memórias literárias) em Fortaleza (CE) de 16 a 18 de novembro, com tudo pago pela organização da olimpíada. A professora também ganha os mesmos prêmios. A escola, uma placa de homenagem.

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Da esquerda, Sueli Campestrini, coordenadora municipal da Olimpíada de Língua Portuguesa; Monica da Silva Sena, diretora da Escola Padre Alberto Jacobs; Francielle Nascimento Viana, aluna selecionada para a etapa regional da olimpíada; Mãe da Francielle Edilene Albus, uma das entrevistadas pelos alunos para o relato do papagaio que foi preso por falar alemão; Jucelene Zablonski, professora de Língua Portuguesa que orientou a aluna.

Mas Francielle não trabalhou sozinha para se destacar no mundo da literatura. Desde pequena, teve o apoio da mãe que, em vez de brinquedos, dava livros de presente, lia histórias na hora de dormir e sempre incentivou o hábito da leitura. Na escola, teve a orientação da professora de Língua Portuguesa, Jucelene Zablonski, que a fez reescrever o texto vencedor oito vezes. “Ela é uma leitora assídua. Isso faz diferença na hora de escrever uma narrativa. Mas a olimpíada nos exige vários detalhes e, por isso, trabalhamos a reescrita várias vezes, o que faz com que o aluno aprenda de verdade a escrever”, conta Jucelene. A professora contou com a equipe da escola e da Secretaria Municipal da Educação para conseguir classificar o texto “Mom wollen brot!” na etapa regional.

A diretora teve a ideia de usar uma história real, de um papagaio que foi preso em Jaraguá do Sul na época do pós Segunda Guerra Mundial por falar alemão. A ave pedia à dona: “Mom, wollen brot!”, que quer dizer: “Mamãe, quero pão!”. “Tinha certeza que essa história renderia um bom texto para a olimpíada e fui atrás da família Albus, que poderia contar essa história para os alunos. Então eles produziram memórias literárias a partir desses relatos. Também pesquisamos jornais da época que divulgaram a notícia”, conta a diretora, Monica da Silva Sena.

A articuladora de Língua Portuguesa Sueli Campestrini, coordenadora municipal da olimpíada, desenvolveu oficinas preparatórias para todos os professores envolvidos na olimpíada, explicando os detalhes exigidos para cada gênero literário. “Toda a equipe foi fundamental para termos sucesso com esse texto. E a aluna, que sonha em ser escritora, merece esse reconhecimento”, destaca Monica.

Caso a memória literária de Francielle seja escolhida para a etapa nacional e esteja entre cinco vencedoras do País na categoria, a aluna ganha medalha, notebook e impressora, assim como a professora. A escola recebe dez computadores, uma impressora, um projetor multimídia, um telão para projeção e livros.

Fotos: Francisco Junkes/PMJS