Estação ferroviária de Guaramirim deve ser revitalizada

Por: Elissandro Sutil

06/04/2016 - 09:04 - Atualizada em: 06/04/2016 - 10:13

A rodoviária de Guaramirim, onde antigamente funcionava a estação ferroviária no município, está prestes a passar por uma merecida revitalização.

Depois de 15 anos de espera, a Prefeitura conseguiu a legalização imobiliária do imóvel. Agora, uma comissão será formada para analisar as propostas de revitalização do espaço. O grupo ficará responsável por trazer sugestões de uso, além de avaliar os impactos e as ações que ajudem a transformar o entorno em um ambiente de lazer para a comunidade.

Por enquanto, o prefeito Lauro Frölich prefere não divulgar as ideias que serão estudadas pela comissão, mas não descarta a possibilidade de montar um museu no espaço. O tema veio à tona na semana passada, quando a Prefeitura recebeu a escritura definitiva do imóvel, adquirido em 2001. Há 15 anos o município travava uma luta judicial com a Rede Ferroviária S.A. pela outorga da escritura.

Segundo Frölich, a comissão também ficará incumbida de analisar o impacto e a demanda da rodoviária nos próximos anos, assim como a possibilidade ou não de buscar um novo espaço para este fim. Até que haja alguma definição, a rodoviária continuará a funcionar normalmente no local.

Importância histórica
A estação ferroviária de Guaramirim foi construída em 1910 e se tornou um marco do desenvolvimento econômico e social do município. De acordo com o historiador Ademir Pfiffer, a estação integra o projeto de uma rede ferroviária criado pelo engenheiro Emílio Carlos Jourdan, que serviu para ligar São Francisco a Rio Negro. O trabalho começou em 1906 e foi concluído em 1913.

Na época a estrutura central da cidade era na região onde hoje fica o bairro Imigrantes. Com a construção da estação, o entorno passou a ser motivo de concentração de pessoas, até porque a economia passou a ser gerida por meio dela. A partir daí foi aberto um leque de oportunidades para o comércio local. “A estação beneficiou a economia e a mobilidade, mudou a paisagem, introduziu uma cultura ferroviária e arquitetônica. Mudou o perfil da cidade”, diz Pfiffer.

Fonte: Kamila Schneider/OCP Online
Foto: Eduardo Montecino