O uso excessivo de telas tem sido motivo de preocupação entre especialistas em saúde e psicologia. Estudos apontam que o tempo excessivo de exposição às telas pode causar uma série de problemas físicos, cognitivos e emocionais. Entre os principais malefícios estão a fadiga ocular, a insônia, a ansiedade, a redução da capacidade de concentração e até o isolamento social.
O fenômeno da “fadiga ocular digital”, também conhecido como síndrome da visão de computador, afeta indivíduos que passam muitas horas consecutivas olhando para telas. Os sintomas incluem olhos secos, visão embaçada e dores de cabeça. Além disso, a luz azul emitida pelos dispositivos digitais pode interferir na produção de melatonina, prejudicando o sono e contribuindo para quadros de insônia.
No âmbito emocional, o uso prolongado de telas está associado a níveis mais altos de estresse e ansiedade. Isso é exacerbado pelo consumo constante de redes sociais, que pode levar à comparação social, baixa autoestima e sentimentos de inadequação. Crianças e adolescentes são especialmente vulneráveis, uma vez que o tempo excessivo de tela pode impactar negativamente seu desenvolvimento cognitivo, habilidades sociais e desempenho acadêmico.
Embora não haja um consenso absoluto, a Academia Americana de Pediatria recomenda limites de exposição. Para crianças de 2 a 5 anos, o ideal é um máximo de 1 hora por dia. Para crianças mais velhas e adultos, a orientação é evitar períodos prolongados e fazer pausas regulares, como a regra 20-20-20 (a cada 20 minutos de tela, desviar o olhar para algo a 20 pés – cerca de 6 metros – por 20 segundos).
Priorizar atividades ao ar livre, interações presenciais e momentos de descanso longe das telas é fundamental para preservar a saúde física e mental em um mundo cada vez mais digitalizado.