Daniela Mercury joga banquinho, alega machismo e ofende empresária em apresentação

Reprodução/Instagram

Por: Pedro Leal

16/09/2024 - 20:09 - Atualizada em: 16/09/2024 - 20:13

José Luiz Datena (PSDB-SP) não foi o único a viralizar por arremessar assentos neste fim de semana – a cantora Daniela Mercury também foi registrada transformando um banquinho em projétil durante uma apresentação no Casacor Bahia 2024, em Salvador, ao jogar o móvel nos fundos do palco.

No caso da cantora, o arremesso de móvel teria sido para ter espaço livre para a apresentação – mas a banqueta de bar era um dos lançamentos do evento e a situação acabou ofendendo a empresária Tati Mandelli, fundadora da Tidelli, empresa responsável pela criação da peça. A cena ocorreu no sábado (14).

As informações são do jornal O Globo.

“Ela recebeu um produto nosso que está lá em exposição na Casacor, uma peça de lançamento, uma banqueta de bar, e arremessou ela como se lixo fosse. Eu gostaria de dizer para essa senhora, que se diz artista, que na verdade a Tidelli emprega 700 pessoas na Região Metropolitana de Salvador. Faz um produto que vai para dois lugares do mundo, e que nem ela e nem ninguém pode jogar como se fosse lixo”, afirmou Mandelli em vídeo publicado em seu perfil no Instagram.

No domingo, (15), Daniela Mercury publicou um comunicado em suas redes sociais, acusando a situação de ser resultado de machismo. Intitulada “Carta aberta para o meu futuro amigo, o Banco”, a nota diz:

“Eu chamei um assistente, chamei outro, ninguém se movimentava. Banquinho querido, você foi testemunha que eu pedi para tirar você dali, né? Não fui atendida porque certamente banco é uma palavra masculina. Não parece, mas muita gente tem resistência em receber ordem de mulher.”

Daniela continua:

“Cada mulher que se impõe, nos liberta. Eu me libertei ontem tirando você, banquinho ( nada pessoal, repito!) do meu palco. Não foi sua culpa, banquinho. Mas você estava me ompedindo de começar a minha performance como eu havia planejado”, escreve a cantora. “Entao, querido banquinho, pela sua resistência (você é muito forte), decidi comprar você e deixar no centro da minha sala como símbolo do meu empoderamento e da minha liberdade.”

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).