Crematório de Santa Catarina produz diamantes com cinzas de parentes falecidos

Por: Elissandro Sutil

07/11/2016 - 12:11 - Atualizada em: 08/11/2016 - 14:03

Saudade não tem forma e nem descrição, principalmente quando se trata de perder alguém que a gente ama. E, para alguns, uma das formas de tornar vívida a lembrança é carregar consigo uma parte de quem se foi. Agora é possível transformar as cinzas ou fios de cabelo do ente querido em diamante. O serviço, ainda pouco conhecido, é oferecido em Balneário Camboriú pelo Crematório Vaticano, pioneiro a dispor da técnica no país.

Em parceria com a empresa Algordanza, da Suíça, o crematório brasileiro recolhe cerca de 500 gramas das cinzas e encaminha para o laboratório europeu. Misturado a um minúsculo fragmento de diamante natural, as cinzas são submetidas a altas temperaturas e à pressão por algumas semanas. O resultado é a formação de uma gema com as mesmas características do diamante natural. A peça é lapidada e então enviada de volta aos familiares. Se a pedra fará parte de um anel ou colar, fica a cargo da família.

21540520

Foto: Vera Lúcia Pimentel / Arquivo Pessoal

Moradora de Curitiba e proprietária de um apartamento em Balneário Camboriú, a administradora de empresas Vera Lúcia Pimentel guarda delicadamente em uma caixinha de joias, no criado mudo do quarto, a lembrança do filho Paulo. O rapaz de 21 anos praticava triatlo e morreu em setembro de 2012, após se acidentar de bicicleta. Os órgãos foram doados e o corpo, cremado. Ao saber que as cinzas poderiam ser usadas para confeccionar um diamante, Vera não desperdiçou a oportunidade de homenagear o filho e eternizar sua presença.

https://www.youtube.com/watch?v=njLNGNNoOKU

Fonte: Diário Catarinense
Foto de capa: Vera Lúcia Pimentel / Arquivo Pessoal