Um golfinho gigante de água doce foi descoberto na Amazônia peruana de aproximadamente 16 milhões de anos atrás. O animal media pelo menos 3,5 metros de comprimento, sendo cerca de 20% a 25% maior que os golfinhos de rio modernos. A descoberta, publicada na revista Science Advances, fornece informações sobre a evolução dos golfinhos de água doce, já que essas criaturas são raramente encontradas no registro fóssil.
- Espécime tipo (holótipo) de Pebanista yacuruna, incluindo foto do espécime e modelo 3D de superfície em vista dorsal / Aldo Benites Palomino
- Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu o fóssil durante uma expedição de 2018 ao rio Napo, no Peru / Aldo Benites Palomino
- O paleontólogo Aldo Benites-Palomino prepara o holótipo do crânio Pebanista yacuruna no Museu de História Natural de Lima em 2018 / Rodolfo Salas-Gismondi
Os golfinhos de água doce que habitam a Amazônia hoje não são parentes próximos do antigo golfinho gigante descoberto. Segundo pesquisadores, os parentes mais próximos deste golfinho são os golfinhos do sul da Ásia, que vivem a mais de 10 mil quilômetros de distância. Essas informações foram reveladas recentemente por estudiosos que descreveram o mamífero extinto.
O golfinho foi denominado Pebanista yacuruna, em homenagem à Formação Pebas, no Peru, onde o fóssil foi encontrado.