Costura Solidária: voluntárias jaraguaenses fazem roupas para crianças africanas. Veja como ajudar!

Por: Elissandro Sutil

09/11/2016 - 13:11 - Atualizada em: 09/11/2016 - 13:40

Publicado originalmente no OCP Online, por Dyovana Koiwaski.

Cerca de 20 mulheres de Jaraguá do Sul fazem parte de uma rede de assistência que busca amenizar as difíceis condições de vida de crianças na África. Elas integram o grupo Costura Solidária, do Centro Cultural Neue Heimat. O projeto começou em 2015, quando a coordenadora da ação, Dária Webers, assistiu uma reportagem em que a atriz Giovanna Ewbank entregava vestidos confeccionados por uma costureira americana para meninas que moravam no Malawi.

Na iniciativa, a americana Lilian Weber passou anos costurando um vestido por dia para a associação filantrópica Little Dresses for África (Pequenos Vestidos para África), que distribui as peças para crianças carentes no continente. Dária compartilhou a ideia com as mulheres do Centro Cultural que organizaram uma força tarefa de cooperação. Em contato com uma ONG de Blumenau, elas já encaminharam os primeiros 350 vestidos para a associação no dia 13 março.

As integrantes do grupo costuram todas as terças-feiras e sábados no período da tarde. Muitas levam o serviço para casa e se dedicam ao projeto no meio da semana.

Com a primeira etapa da missão concluída, novos desafios começaram a aparecer. Sem perspectivas de um novo envio por parte da associação Little Dresses, o Costura Solidária precisaria bancar os custos de envio até o continente. “São cerca de R$ 600 a cada malote de 32 quilos”, explica Dária.

Quer ajudar? O grupo pede a colaboração de mais pessoas que queiram ajudar na costura ou com doações. Os interessados devem entrar em contato com o número (47) 99668-8983, com Dária.

Bazar

Em contato com a família Hellwing – que vivia em Jaraguá do Sul e em abril de 2012 iniciou vida missionária no continente através da agência Missão Para o Interior da África – o grupo soube que poderia ajudar financeiramente algumas crianças. A maior carência é alimentícia. “A Franciele, da família Hellwing, é professora no Quênia e nos informou como poderíamos continuar auxiliando. Ficaríamos responsáveis pelo recurso de uma refeição das crianças, nesse caso, o mingau, que custa em média R$ 0,25. Nosso objetivo é apadrinhar de 50 a 100 meninas e meninos de lá”, destaca Ilka.

Para poder bancar essas refeições é preciso depositar a quantia mensalmente em uma conta criada especialmente para a causa. O Costura Solidária irá organizar um bazar com as peças de roupa e artesanatos produzidos no local, e rifas também serão lançadas na semana que vem para alcançar o objetivo. Pelos Hellwing, outras 135 peças já foram destinadas àquela população como presente de Natal neste mês.

O bazar acontece no dia 26 de novembro, no Centro Cultural, das 10h às 17h. O intuito, segundo a coordenadora, é enviar parte do valor e deixar o restante na poupança para os próximos meses. “Ainda não sabemos quantas crianças vamos apadrinhar, mas se, por exemplo, forem 50, teremos que gastar em média R$ 275 mensais”, avalia Ilka. Mais de 1,5 mil peças já estão prontas, parte será doada para crianças da região e outra será para a venda no dia 26. “Precisamos olhar à nossa volta também”, completa Eliane.

Fonte: OCP Online/Dyovana Koiwaski
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