Pauta central do governo brasileiro, o corte nas tarifas de importações vai afetar diversos setores. Apesar de acreditar que o varejo será o mais impactado, especialistas contam que os efeitos não serão intensos.
O analista do Bradesco BBI, Richard Cathcart, vê os varejistas sofrendo risco em duas categorias: vestuário e calçados. Olhando para o consumidor final, o preço de três categorias deve baixar, com destaque para os eletrônicos.
Tarifas prejudicam marcas internacionais
Por conta das tarifas de importação, varejistas estrangeiros tem dificuldade em competir com marcas nacionais. Por exemplo, a Zara é vista no Brasil como uma das lojas mais caras, enquanto nos outros países é vista como varejo de massa.
A tarifa de importação é de 35%, o que dificulta qualquer disputa entre uma marca estrangeira com uma Riachuelo e Renner. Se a tarifa realmente for reduzida, varejistas estrangeiros poderão diminuir seus preços e dificultando para marcas brasileiras.
Se ainda é difícil saber a intenção do governo baixar a tarifa para vestuários e calçados, na questão dos eletrônicos a história muda. Em todos os cenários de corte, eles são mencionados juntamente com bens capital.
Segundo o analista Richard Cathcart, poder trazer peças com produtos inteiros com tarifas menores, significa um decréscimo nos preços para o consumidor. “poderia significar preços mais baixos repassados ao consumidor, potencialmente aumentando em volumes (de vendas)”, ressalta.
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