Conversamos com o Zeca Camargo na Feira do Livro de Jaraguá do Sul!

Foto Eduardo Montecino/OCP News

Por: Elissandro Sutil

13/08/2018 - 16:08 - Atualizada em: 14/08/2018 - 09:07

A semana começou agitada no Galpão da Leitura. Em plena segunda-feira (13), a Feira do Livro recebeu a visita do jornalista, apresentador e escritor, Zeca Camargo.

O profissional bateu um papo sobre viagens, música, jornalismo e a biografia que está escrevendo de Elza Soares. A conversa começou por volta das 19h30, na Scar, em evento gratuito.

Zeca chegou na cidade e logo foi até a Scar para conhecer de perto a Feira do Livro de Jaraguá do Sul. O apresentador passeou pelos estandes, fez fotos com o público e gravou vídeos para divulgar nas redes sociais.

Entre os expositores, ele encontrou um exemplar do livro “Índia – Sabores e Sensações”, que publicou no começo deste ano. A obra o acompanhou pelo Galpão da Leitura durante a visita.

Assista ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=zF5CaOlJJg8

Confira a entrevista na íntegra:

OCP: Você já escreveu alguns livros e também está envolvido com outras artes, como a música e a dança. Qual a importância de estar presente em eventos com a Feira do Livro e compartilhar essas experiências com o público?

Zeca Camargo: Isso aqui é a gênesis de tudo, com um bom livro você tem um horizonte maior que vai te jogar para todas as outras áreas. Música, literatura, cinema, teatro, tudo começa aqui.

Fico tão feliz quando vejo gente desse tamanho tão interessada e curiosa com essa coisa que já é antiga, mas até hoje dá um baile na tecnologia. Não teríamos a curiosidade que temos hoje em dia se não fosse isso. Acho fundamental estar aqui para vender essa ideia.

OCP: No ano passado, você esteve em Pomerode, que é aqui perto. O que você conhece da região? Tem alguma curiosidade que chame a atenção?

Zeca Camargo: Tudo, né. Primeiro vocês têm uma coisa incrível que é essa tradição lindíssima, que trazem de todas as comunidades europeias que vieram pra cá.

Ao mesmo tempo, é uma região super desenvolvida, ativa, dinâmica, importante no cenário cultural do país inteiro. Então, essa ponte que vocês fazem entre passado e tradição, presente e modernidade, eu acho inspiradora. Gosto bastante de visitar a região.

Esta é a primeira vez que venho para Jaraguá e estou muito feliz de estar aqui.

Foto Eduardo Montecino/OCP News

OCP: Falando um pouco sobre a biografia que está escrevendo sobre a Elza Soares. A trajetória dela é marcada por dificuldades e superações. Como homem, o que você aprendeu escrevendo sobre Elza?

Zeca Camargo: Homem, mulher, criança, velho, moço, qualquer coisa, você vai aprender com a Elza Soares. Eu brinco que estou quase terminado a biografia dela, sai no final do ano, e isso significa que estou nas últimas entrevistas.

Cada encontro é uma aula maravilhosa. A Elza é uma pessoa de pensamento vago, que vai embora, mas tem um eixo muito forte. Ela sabe o que quer, sabe a luta que teve a vida inteira e quer ser essa pessoa.

A Elza pede esse livro, é uma encomenda dela na verdade, pra deixar isso como um testamento. Tipo eu sou, eu fui, eu cheguei, eu sai da pobreza, cheguei onde estou agora e acho que você pode fazer também.

Todo capitulo certamente tem uma dificuldade, é uma vida cheia de obstáculos. Mas ela termina sempre com uma mensagem de força, e é isso que eu acho que vai ser.

Daqui a pouquinho, quando parar de entrevistar e não ver ela toda semana, eu vou sentir saudades, mas sei que entre nós já existe um laço muito forte e bacana.

Imagem dos bastidores da gravação com o Zeca. | Foto Adrieli Evarini/OCP News

OCP: Hoje em dia, o profissional precisa estar conectado e saber fazer mil coisas ao mesmo tempo. Você é um jornalista que mantém essa versatilidade, trabalhando em diferentes frentes. Tem alguma dica para os profissionais, de um modo geral, adaptarem-se aos novos tempos?

Zeca Camargo: Olha, desdobre-se. Acho que estou na geração que achava que ia fazer o trabalho sozinho, ali na máquina de escrever e tudo.

Hoje não é mais assim, mas não acho que isso seja uma sobrecarga, pelo contrário, é um estímulo para fazer mais coisas e se tornar um jornalista ou profissional mais completo, que chega com mais facilidade nas pessoas, se comunica melhor e pega várias direções. Você tem que ser isso mesmo, são novos tempos.

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