Para enfrentar o luto, buscar ajuda é uma etapa crucial. Seja através de familiares, amigos ou profissionais, o apoio pode aliviar a carga emocional e gradualmente reduzir a dor. Nesse contexto, a nova rede social Connect, lançada em julho, surge como um importante recurso para pais que perderam seus filhos para o câncer, oferecendo suporte psicológico essencial.
A Connect é uma mídia social e healthtech criada pela holding de comunicação Yellow, lançada em 13 de julho no Hospital de Amor Infantojuvenil, em Barretos, interior de São Paulo. A plataforma foi projetada para conectar pais enlutados e oferecer suporte psicológico. Inicialmente, a Connect tem como meta atender 250 pais e projeta alcançar até 1,5 milhão de usuários até 2025.
Bruno Giangrande, CEO da Yellow, explica que a Connect não só facilita a comunicação entre pais, mas também oferece palestras, sessões de arteterapia e monitoramento por médicos.
“A plataforma permite interações seguras entre pais e médicos, com um acompanhamento da saúde mental dos membros”, detalha Giangrande à CNN.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), anualmente, mais de 400 mil crianças e adolescentes são diagnosticados com câncer em todo o mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma criança morre de câncer a cada três minutos. Diante desses números alarmantes, a Connect oferece um suporte vital para aqueles que enfrentam a dor da perda.
Qualquer grupo afetado pelo câncer, como pais enlutados ou comunidades de médicos, pode utilizar a Connect, desde que o hospital seja parceiro da Yellow. A plataforma possibilita interações entre pais e médicos e inclui recursos como mensagens privadas e eventos com psicólogos e arteterapeutas.
“A conversa entre pais é monitorada por médicos, permitindo um suporte mais eficaz”, explica Giangrande.
Para atingir sua meta de 1,5 milhão de usuários, a Connect pretende firmar mais parcerias com redes hospitalares em todo o Brasil.
“Queremos expandir para que pessoas de diferentes regiões do país possam se conectar e criar uma comunidade de apoio”, afirma Giangrande.
A psicóloga clínica Larissa Fonseca destaca que uma rede de apoio composta por pessoas que passaram por experiências semelhantes é crucial para a saúde mental dos pais enlutados.
“Esse tipo de conexão oferece um espaço seguro para expressar emoções e compartilhar desafios, criando empatia e compreensão mútua”, afirma Fonseca à CNN.
Para pais com filhos em tratamento contra o câncer, a carga emocional pode ser ainda mais intensa. “A preocupação constante com a saúde do filho, o impacto financeiro e a incerteza sobre o futuro podem gerar estresse crônico e até depressão”, adverte a psicóloga.
Iniciativas como a Connect são fundamentais para fornecer suporte contínuo e personalizado, independentemente da localização geográfica.
“Oferece acesso a pessoas que compreendem a dor e facilita o contato com profissionais da saúde, proporcionando um suporte imediato”, conclui Fonseca.
*Com informações da CNN Brasil