Coisa de menina: as mulheres que lutam e puxam ferro pesado nas academias de Jaraguá

Por: Elissandro Sutil

19/04/2017 - 20:04 - Atualizada em: 20/04/2017 - 11:53

“Isso é peso pra menina!” A frase que muita gente usa como motivo de zoação na academia merecia pauta! A gente sabe que a realidade é diferente, e que tem muito marmanjo beeeeem atrás das garotas quando se trata de treino com disciplina e dedicação – e força também.

Além de buscarem o próprio conceito de beleza ideal, elas fazem isso pela satisfação pessoal e também pelo esporte. Conhece alguma garota que pratica fisiculturismo, halterofilismo ou artes marciais? Nós sim, e fomos conversar com algumas delas para mostrar um pouquinho de suas rotinas e objetivos.

O vídeo ficou fantástico! Assista esse nosso mini documentário:

Quem são elas?

Jaraguaenses de nascença ou de coração, elas driblam o preconceito do “isso não é coisa de mulher”, todos os dias, para fazerem o que gostam e estarem onde querem.

Fora das academias, a Suelyn Ferreira, 27 anos, é estudante de educação física e recepcionista, e está só esperando se formar para poder trabalhar na área. Malha desde os 23 e viu o corpo mudar gradativamente, com bastante esforço e dedicação. Ela é fisiculturista e ama treinar, não só para manter o corpo, mas porque se sente bem. Vai competir este ano ainda e está treinando pesado para mandar bem e sair com um título.

bhgdfgf

Foto: André Palhano

Já sorridente Noeli Gonçalves, 31 anos, é agente de turismo. Ela vai para a academia todos os dias para manter o corpo e treinar, mas tudo começou há 6 anos, com o objetivo de emagrecer, já que estava acima do peso ideal. Por sempre admirar outras mulheres que também se dedicam ao fisiculturismo, se esforçou muito para chegar a ter o corpo que queria, e agora vai competir pela primeira vez no campeonato de estreantes, em maio.

14707926_1254752944557604_7813921957602697081_o (2)

Quem olha a Vanessa da Silva Costa, 32 anos, pela primeira vez não imagina que ela seja uma lutadora – literalmente. Ela é advogada e treina jiu-jitsu há mais de dois anos. Tudo começou com o objetivo de estar ativa nos exercícios físicos e para definir o corpo; O que antes era pura estética agora virou uma de suas maiores paixões: estar no tatame.

17202826_1401074859950887_45197449418416637_n

Desde pequeninha, estar no tatame é uma das coisas mais prazerosas para a jovem estudante Luiza Bakun Reiser, 12. Há seis anos ela luta jiu-jitsu, uma modalidade que a faz sentir-se bem consigo mesma, além de trazer satisfação quando percebe a evolução no esporte. Preconceito? Acontece bem longe do tatame. E é isso o que encanta Luiza, afinal quem é atleta de jiu-jitsu se respeita muito, o que possibilita o a prática entre homens e mulheres.

WhatsApp Image 2017-03-30 at 18.27.00

Olha aí a Luiza e as muitas medalhas que conquistou nesses 6 anos de jiu-jitsu!

Também conversamos com as lutadoras Raquel Ricaeli Gervin, 22 anos, que treina há dois anos e Gisele Maas, de 36, que depois de muito tempo voltou para a modalidade e está treinando há três meses. Elas contam que treinar é muito bom e faz esquecer todos os problemas fora dali, além de ser um esporte que faz pensar e refletir. “Toda vez que a gente está aqui, aprendemos muito, trocamos experiências e fazemos amizade. Um lugar onde gostamos de estar e longe de qualquer tipo de preconceito”, diz Gisele.

Estas são apenas algumas das jaraguaenses fortes e guerreiras que chamamos para nos ajudar a desmistificar a presença da mulher dentro das academias. Mas aposto que você conhece muitas outras que servem de exemplo, não é? Afinal, “lugar de mulher é onde ela quiser”. 😉

Agradecimentos especiais

Nós aqui do Por Acaso agradecemos imensamente às academias que permitiram e cederam o lugar para que fizéssemos as entrevistas e filmagens, garantindo a a realização deste Mini Doc. Um gigantesco obrigada a:

Academia Power Gym
Academia Moviment
Jaraguá BJJ