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A greve dos caminhoneiros deixou várias consequências no Brasil. Entre os prejudicados está a Coca-Cola, que ameaçou sair do Brasil caso não recupere subsídios.
O presidente do Grupo Simões, Antonio Silva, que subsidia a Coca-Cola no Polo Industrial de Manaus, confirmou que o decreto do presidente Temer após o fim da greve reduziu em 16% o imposto sobre Produto Industrializado (IPI) do polo de refrigerantes da Zona Franca de Manaus.
A empresa americana tem buscado dialogar com o governo de Michel Temer, mas como as conversas não avançam, a ideia em deixar o Amazonas vem se consolidando.
Entenda o caso
Com o fim da greve dos caminhoneiros, o xarope de refrigerante passou a pagar uma alíquota de 4%, contra os 20%, que eram cobrados anteriormente.
Na primeira impressão seria uma redução no imposto, mas muitas empresas, como a Coca-Cola, produzem o xarope na Zona Franca de Manaus, que tem a isenção de tributos.
Ou seja, a empresa não pagava os 20%, mas ganhava um crédito de 20% quando o produto saia de Manaus com destino a outros estados. E com a nova regra, o desconto passou a ser de 4%.
O presidente da Coca-Coca no Brasil, Henrique Braun, informou que não faz sentido produzir na Zona Franca se a alíquota do imposto sobre IPI for de pelos 15%.
Posicionamento da Coca-Cola
A Coca-Cola Brasil se posicionou dizendo que não tem planos de deixar a Zona Franca de Manaus, onde está há 28 anos com 36 fábricas. “O nosso compromisso com o Brasil é sólido e de longo prazo, numa trajetória que já soma 76 anos”, explica o posicionamento.
Em todo o Brasil, o Sistema Coca-Cola emprega 54 mil pessoas direta e outras 600 mil indiretamente na produção e distribuição de 213 produtos de 20 marcas. Só em 2018, o investimento da empresa no Brasil foi de R$ 3 bilhões.
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