Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Clube da Cachaça do Baependi: tradição, amizade e bons goles em Jaraguá do Sul

Foto: Fábio Junkes / OCP News

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

05/09/2025 - 11:09 - Atualizada em: 05/09/2025 - 11:51

Há mais de duas décadas, um encontro de amigos ajudou a transformar o Baependi em ponto de celebração da cachaça em Jaraguá do Sul. Conhecido como Clube da Cachaça do Baependi, o grupo se reúne para degustar rótulos, trocar histórias e valorizar um patrimônio brasileiro que, por aqui, sempre encontrou terreno fértil, tanto pela cultura da mesa quanto pela memória dos antigos alambiques da região.

Instalado em um dos clubes mais tradicionais de Jaraguá do Sul, fundado em 1906 e hoje referência em lazer e convivência, o Baependi oferece a ambiência perfeita para a confraria: um espaço histórico, de forte senso de comunidade, onde a amizade é tão importante quanto o copo.

A inspiração surgiu quando o jaraguaense José Carlos Klein, em visita a um mercado público em Joinville, se deparou com uma cena inusitada. Lá, frequentadores habituais de um bar tinham à disposição um armário exclusivo, onde guardavam suas garrafas de cachaça. Ao chegar, cada um pegava a sua e apreciava tranquilamente a bebida. A imagem ficou gravada na memória de Klein, que resolveu levar a ideia adiante.

De volta a Jaraguá, ele procurou o dono do Bar do Baependi, o conhecido Vavá, e sugeriu a criação de um espaço semelhante. Assim nasceu o Clube da Cachaça do Baependi, reunindo amigos, histórias e um ritual que atravessa gerações.

“Quando vi aquele armário em Joinville, com as cachaças guardadas pelos clientes, pensei na hora: por que não fazer isso em Jaraguá? Conversei com o Vavá e ele topou na hora. E foi assim que começamos essa tradição, que hoje já tem mais de vinte anos e continua firme, reunindo velhos e novos amigos”, relembra José Carlos Klein, fundador do clube.

Entre os frequentadores estavam nomes importantes da sociedade jaraguaense, como o empresário Eggon João da Silva, Mario Donin, Vicente Donini e diversos outros nomes. Mas, dentro do clube, os títulos e cargos ficavam do lado de fora. O que importava ali era a simplicidade do encontro, o prazer de saborear uma boa cachaça e o valor da presença entre amigos.

“Aqui eles não eram grandes empresários, eram apenas pessoas normais, seres humanos normais que gostavam de saborear uma boa cachaça e estar entre bons amigos.”

Mais do que degustar a bebida, o Clube da Cachaça se transformou em um ponto de encontro que preserva histórias, fortalece laços e mantém viva uma parte da cultura da cidade. O espaço, carregado de lembranças, segue sendo referência para quem valoriza a boa conversa e o sabor da cachaça.

Clique aqui e receba as notícias no WhatsApp

Whatsapp

Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).