A artista de Blumenau (SC), Sabrina Marthendal é a vencedora da 5ª edição do Prêmio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina, com o inédito texto do espetáculo Pedral. O anúncio foi feito pela organização da iniciativa Esta Noite Grita-se, da companhia Cepa Torta, de Lisboa, Portugal. O prêmio reconhece e promove a criação dramatúrgica de autoria feminina em língua portuguesa, sendo atribuído anualmente a uma obra inédita. Nesta edição, foram recebidas 133 candidaturas, de diferentes países.
Como parte da premiação, a autora recebe um prémio no valor de € 1.000 euros, terá o texto publicado pela parceria entre Cia Cepa Torta e a editora Douda Correria. A obra também será produzida e encenada por artistas do país europeu e integrará a programação do Esta Noite Grita-se 2025, programado entre 17 de outubro a 12 de dezembro, em Lisboa, Faro e Lagos. A estreia da leitura pública de Pedral está marcada para 6 de dezembro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
O júri, composto por Ana Lázaro, Inês Barahona e Mickaël de Oliveira, destacou a obra pela “singularidade e sensibilidade, com qualidade de escrita apurada, emotiva e pungente”.
A sinopse identifica que a obra aborda a condição feminina transgeracional, numa metáfora que relaciona pedras e mulheres. A narrativa constrói-se pela sobreposição de monólogos, que transitam entre dimensões poéticas e narrativas, explorando histórias distintas de mulheres ao longo do tempo, em uma linguagem “singular que pede para ser ouvida”.
Já no Brasil, a obra Pedral foi contemplada pela seleção de novas montagens de espetáculos do projeto Cena Catarina 2, que tem como objetivo central o fomento da teatro produzido exclusivamente em Santa Catarina. Pedral entrará na programação da 4º temporada do Cena Catarina 2, logo no início de 2026.
Sabrina Marthendal é atriz, dramaturga, professora de teatro e fotografia visual, além de fotógrafa cultural. Atua na cidade de Blumenau (Santa Catarina, Brasil) há 25 anos, integrando desde 2006 a Cia Carona de Teatro, que está comemorando 30 anos e a Companhia Movin desde 2019. Seu trabalho é marcado pelo hibridismo entre cena e imagem.