Brasileira de 16 anos desenvolve cápsula para quem tem intolerância à lactose

Por: OCP News Jaraguá do Sul

15/08/2016 - 12:08

A estudante paranaense Maria Vitória Valoto, de 16 anos, desenvolveu um sachê que torna o leite comum bom para o consumo de intolerantes à lactose. Com o projeto, ela tornou-se finalista da feira de ciências do Google, com premiação final marcada para setembro, na Califórnia.

A ideia surgiu de pesquisadores da universidade Unopar, de Londrina, e foi desenvolvida pela jovem, com o apoio de professores do colégio em que ela estuda, o Interativa, da mesma cidade. Os resultados começaram a aparecer depois de aproximadamente um ano de experimentos.

Como funciona

A cápsula do sachê guarda a enzima lactase, responsável pela “quebra” da lactose — é o que falta aos intolerantes e provoca a rejeição ao leite ou a produtos derivados dele.

Para usá-la, basta colocar no leite (pode ser no copo ou em um recipiente maior) e esperar o efeito, que demora de quatro a cinco horas para aparecer. O leite, então, deixa de ter lactose.

leite

Foto: Divulgação

“O que diferencia a cápsula de todos os produtos que a gente tem, hoje, é a aplicação. A maioria dos produtos [para intolerantes à lactose] é de uso oral, você ingere o medicamento e pode consumir algo que tenha lactose. As capsulas, não: são de uso direto no leite. Então, em vez de pagar mais por um leite sem lactose, você compraria as cápsulas e o leite comum. Colocaria as cápsulas no leite com lactose e o leite se torna um leite sem lactose”, explica.

Planos futuros

Maria prioriza no projeto a simplicidade que carrega no nome. Ela diz que, com a ideia, busca mudar realidades, impactar a sociedade, ajudar quem mais precisa. Quer entregar um produto barato e simples de usar, para alcançar o maior número de pessoas possível, seja com que renda for.

A pesquisadora cursa o 2º ano do ensino médio e já pensa em empregar a ciência em sua profissão. “Quero fazer vestibular para o curso de farmácia. Ainda não é uma decisão definitiva, mas é o que penso, hoje. A ciência se tornou a minha vida. Sonho em ser uma grande pesquisadora. Eu sei que é um caminho de muitos nãos, mas o principal ponto é não desistir. Com carinho, com amor por aquilo que você faz, tudo dá certo”.

Foto capa: Arquivo Pessoal
Fonte: Com informações do G1