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Brasil pode ficar inabitável nos próximos 50 anos; entenda como

Foto: Imagem do filme "Presságio" ("Knowing", 2009) / Credito: Summit Entertainment (divulgação)

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

22/07/2024 - 14:07 - Atualizada em: 22/07/2024 - 14:49

Nos próximos 50 anos, o calor extremo poderá tornar áreas em pelo menos cinco regiões da Terra impróprias para a vida humana, incluindo o Brasil, conforme revelado por um estudo da Agência Espacial Norte-americana (Nasa). A pesquisa alerta que o aumento da temperatura, combinado com altos níveis de umidade do ar, poderá desencadear condições térmicas que o corpo humano não conseguirá suportar.

O impacto direto da emissão descontrolada de gases do efeito estufa está acelerando mudanças climáticas severas em todo o planeta. A elevação das temperaturas está resultando em ondas de calor fora de época e invernos menos intensos ou mais curtos que o usual, tanto no Hemisfério Norte quanto no Sul, incapazes de dissipar o calor adequadamente.

Segundo Colin Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, o resfriamento do corpo humano ocorre principalmente através da transpiração. No entanto, o aumento da temperatura combinado com umidade elevada aumenta a sensação de calor, dificultando a evaporação do suor e mantendo o corpo aquecido a níveis potencialmente fatais.

O estudo indica que temperaturas acima de 37ºC, frequentes em muitas regiões do Brasil durante o verão, junto com umidade do ar superior a 70%, podem resultar em morte precoce após apenas seis horas de exposição. Nessas condições, até mesmo pessoas saudáveis podem perder significativamente a capacidade de resfriamento corporal devido à dificuldade em dissipar o suor.

Embora o corpo ainda consiga suar em temperaturas de até 45ºC e umidade de até 20%, o estudo prevê que com temperaturas similares e umidade acima de 40%, a sensação térmica poderá ultrapassar perigosamente os 71ºC, tornando-se letal.

Embora a combinação desses fatores seja atualmente considerada rara, já que os dias de calor são tipicamente caracterizados por ar mais seco, o estudo identificou que desde 2005 esse fenômeno tem sido observado em regiões como o Golfo Pérsico e o Paquistão.

A Nasa considera uma tendência de aumento nas temperaturas nas próximas décadas devido às mudanças climáticas impulsionadas pela emissão de gases do efeito estufa, concluindo que áreas do centro-oeste, norte, nordeste e sudeste do Brasil

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).