“As Marvels”: Filme da Marvel resgata tom leve e bem-humorado após produções ambiciosas

Foto: Divulgação/Disney

Por: OCP News Criciúma

09/11/2023 - 21:11 - Atualizada em: 09/11/2023 - 21:22

Com um histórico de sucesso bilionário nas bilheterias, a Marvel nos cinemas costuma entregar filmes que equilibram ação, humor e diversão, embora às vezes sejam criticados por sua falta de ambição. “As Marvels”, que estreou no Brasil em 9 de novembro, parece ser um retorno a essa fórmula mais leve e descontraída.

O filme é o 33º capítulo do Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) e é notável por sua duração curta, com apenas 1 hora e 45 minutos. Isso representa uma mudança em relação a produções recentes que apresentaram narrativas mais longas e complexas.

Apesar de sua simplicidade, “As Marvels” proporciona um alívio bem-vindo após uma sequência de filmes do MCU que enfrentaram problemas em suas apostas mais ambiciosas. O filme é uma continuação de “Capitã Marvel” (2019) e supera seu antecessor, em grande parte devido ao carisma da jovem protagonista.

Iman Vellani, que já havia interpretado Kamala Khan em “Ms. Marvel” (2022), prova ser a escolha certa para dar vida a essa personagem importante dos quadrinhos. Seu desempenho destaca Kamala Khan como uma heroína promissora no futuro do estúdio e da editora.

“As Marvels” reúne três heroínas que, em algum momento dos quadrinhos, foram associadas ao termo “Marvel”. São elas:

  1. Carol Danvers/Capitã Marvel (Brie Larson), introduzida no filme de 2019.
  2. Monica Rambeau, que apareceu como criança na mesma história e mais tarde adquiriu poderes (interpretada por Teyonah Parris) em “WandaVision”.
  3. Kamala Khan/Miss Marvel (Vellani).

No filme, essas heroínas vivem vidas heroicas em diferentes partes da galáxia até que um incidente as conecta de maneira peculiar. Sempre que usam seus poderes simultaneamente, trocam de lugar, independentemente de onde estejam.

Essa premissa oferece oportunidades para cenas de ação inspiradas e um humor leve, especialmente nas interações entre a jovem Kamala Khan e sua ídola espacial. No entanto, a vilã do filme é pouco inspiradora, com poderes genéricos e motivações previsíveis. Isso limita o potencial das sequências de combate, apesar da química entre as protagonistas.

O roteiro, escrito por Nia DaCosta, Elissa Karasik e Megan McDonnell, faz tentativas breves de desenvolver os personagens de Monica e Carol, mas a Capitã Marvel mantém um comportamento instável ao longo do filme. Em um momento, ela é séria e relutante em fazer parcerias, no seguinte, está cantando e dançando enquanto revela casualmente sua realeza em um planeta distante. Mais consistência seria importante para uma das heroínas mais poderosas do universo Marvel.

A cena musical, no entanto, é um dos poucos momentos de ousadia no filme. Com cores vibrantes e uma justificativa divertida para sua existência, ela poderia elevar o padrão da Marvel, conhecida por seu humor mais leve, embora não o faça.

O grande acerto de “As Marvels” está na introdução de Kamala Khan, que se destaca como um dos personagens mais populares entre o público jovem desde sua estreia nos quadrinhos em 2014. A interpretação de Iman Vellani confirma seu carisma e potencial, tornando-a uma heroína promissora no universo cinematográfico da Marvel.

Para um estúdio que enfrentou desafios desde “Vingadores: Ultimato” (2019), Kamala Khan tem potencial para ser uma grande heroína e merece um filme próprio. Resta aos produtores da Marvel considerar essa possibilidade.

*Com informações de g1