Uma escultura “invisível e insubstancial” do artista italiano Salvatore Garau – cuja existência se resume à imaginação do artista – foi vendida em um leilão nesta semana por US$ 18 mil (cerca de R$ 90 mil), conforme noticiado pela imprensa internacional.
Nomeada “Io sono” (“Eu sou”), a obra imaginária representa “o vazio ocupado pela energia da escultura”, segundo o manifesto do criador, e precisa ser “colocada” em um espaço de cerca de 150×150 cm.
O comprador ficou com um documento que diz que a obra existe e que ele é dono.
“O êxito do leilão atesta um fato irrefutável: o vazio não é mais do que um espaço cheio de energia. O vazio tem uma energia que se condensa e se transforma em partículas, em suma, em nós! Quando eu decidir exibir uma escultura imaterial num determinado espaço, esse espaço irá concentrar uma certa quantidade e densidade de pensamentos criando uma escultura que assumirá as mais variadas formas”, disse Salvatore Garau ao Diario As.
Esta não é a primeira obra “imaterial e invisível” do artista. Outra de suas “esculturas”, nomeada “Buda em Contemplação”, foi exposta em Milão, Itália, com uma fita branca no chão para indicar o local da obra
