Animal parecido com capivara pode ser ancestral da baleia

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

10/05/2021 - 11:05 - Atualizada em: 10/05/2021 - 11:33

Na última semana viralizou nas redes sociais a imagem do Indohyus, animal que pode ser o ancestral mais antigo das baleias. O mais interessante é que o animal, já extinto, parece um tamanduá

O que sabemos é que as baleias realmente evoluíram de animais terrestres e pertencem ao grupo Artiodáctilos, um grupo de animais que possuem casco com número número par de dedos. Entre eles estão as girafas, vacas, porcos e outros. Hoje para as baleias serem incluídas , já que surgiram de animais deste grupo, são chamadas de Certartiodáctilos.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

Mas você deve estar se perguntando, como que as baleias estão dentro deste grupo se elas são animais marinhos? Calma que a gente explica para você.

As baleias evoluíram desses animais terrestres e acabaram ganhando o ambiente aquático. Na imagem a seguir você vai conseguir entender melhor essa evolução.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

A linhagem do Indohyus, que é um dos artiodáctilos que viveu há 52 milhões de anos, é possivelmente o animal que começou a migrar para a água. Eles podiam nadar, parecido com as capivaras.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

50 milhões de anos atrás

Para muitos dos cientistas, o primeiro representante da linhagem dos cetáceos (baleias e golfinhos), o Pakicetus attocki já apresentava adaptações no ouvido que permitam que esse animal conseguisse escutar dentro d’água.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

48 milhões de anos atrás

O Ambulocetus natans. Ao estudar os isótopos no seu fóssil, foi descoberto que esse animal vivia em ambiente de água salobra, ou seja, já mostrava uma mudança para o mar.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

47 milhões de anos

Rodhocetus, animal que já vivia em ambiente marinho! Fazem parte do grupo Protocetidae, ou seja, um ”proto cetáceo”. As ‘baleias’ começam a ganhar tamanho, e o mais importante, viver nos oceanos.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

45 milhões de anos

Surge o Durodon, animal já bem grande, e já com cara de ‘golfinho’. Já possuíam possivelmente (não foi fossilizado) a ‘cauda de baleia’. A narina também começa a migrar para o topo da cabeça.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

E chegamos nos tempos de hoje com na Mysticeti que compreende os maiores cetáceos, as chamadas de baleias. Golfinhos e baleias com dentes estão dentro de outra subordem, Odontoceti. Mystiiceti e Odontoceti juntos formam o que chamamos de Cetáceos, que são os mamíferos marinhos.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

Talvez seja difícil de entender, como um animal tão pequeno como o Pakicetus se ‘transformou’ em um animal tão grande como uma baleia. Se pegarmos os dois separados, realmente fica difícil entender, mas se colocarmos todos os fósseis alinhados, do Pakicetus até hoje, ficará assim:

Foto: Biodiversidade Brasileira.

Para finalizar, é importante lembrar que essas publicações dão a impressão que a evolução é algo linear, mas não é! Elas não funciona assim. É como se fosse uma árvore que se ramifica em vários galhos, e não em uma linha reta, veja.

Foto: Biodiversidade Brasileira.

Com informações de Biodiversidade Brasileira.