“A Linha“, animação coescrita pelo jaraguaense Carlos Reichel, foi premiada como a “Melhor experiência imersiva em realidade virtual para conteúdo interativo” no Festival de Cinema de Veneza, um dos mais prestigiados do mundo.
A obra é narrada em inglês pelo ator Rodrigo Santoro e dirigida pelo roteirista Rodrigo Laganaro. Por aqui, Reichel já participou da produção de filmes e documentários como “Garoto VHS”, “Vale Tombado” e “Jaraguá 2026”.
O prêmio conquistado em Veneza com “A Linha” foi o primeiro do Brasil nesta categoria. O jaraguaense, que mora em São Paulo, conta que entrou no projeto em janeiro para auxiliar no roteiro da animação, que seria contada em uma maquete.
“Não é um filme e nem um jogo, tá no meio do caminho. Não é como no cinema que sentamos e assistimos, é uma experiência imersiva. A pessoa interage com a história, mas não muda seu destino. Tem uma espécie de jogo dentro dela”, explica Reichel.
Como era freelancer da startup Arvore, responsável por produzir a obra, Reichel acabou não indo na premiação, mas acompanhou ao vivo.
“Estávamos confiantes no projeto, já tinha um burburinho por lá sobre o trabalho. Agora, conseguimos solidificar nosso nome no festival e aumentar a relevância da obra”, destaca o roteirista.
Na experiência de 13 minutos, o público pode acompanhar Rosa e Pedro, dois bonecos de maquete lidando com a rotina de São Paulo na década de 1940.
Através da movimentação do corpo, a animação conduz o usuário aos altos e baixos da história de amor dos dois personagens.
“É algo que acontece no cotidiano, esse medo de mudar, é difícil. A história é bonita, inspiradora e nos deixa mais leves”, comenta.
Agora, Reichel se dedica à criação do roteiro de uma série de comédia para o canal Gloob, da Globosat, chamada Bugados. A previsão é que a obra estreie em outubro.
Assista ao trailer de “A linha”
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