Amazon anuncia compra da MGM por US$ 8,45 bilhões

Por: Pedro Leal

26/05/2021 - 13:05 - Atualizada em: 26/05/2021 - 13:30

A gigante do e-commerce Amazon anunciou nesta quarta-feira (26) sua segunda maior aquisição na história, com a compra da MGM Studios – a Metro Goldwin-Meyer – por US$ 8,45 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões). A compra perde apenas para a da Whole Foods, em 2017, por US$ 13,7 bilhões.

As duas partes “concluíram um acordo de fusão definitiva com base no qual a Amazon vai adquirir a MGM por um preço de compra de US$ 8,45 bilhões”, anunciou a empresa.

Em comunicado, a Amazon afirmou que espera alavancar a história cinematográfica da MGM e seu amplo catálogo de cerca de 4 mil filmes e 17 mil programas de TV, ajudando a reforçar a divisão de filmes e TV da Amazon Studios.

Em dezembro de 2020, o estúdio de cinema, responsável pela franquia “James Bond” e a série de TV Handmaid’s Tale, anunciou que estava analisando sua venda.

Na época, uma fonte da empresa informou que a MGM tinha um valor de mercado de cerca de US$ 5,5 bilhões (cerca de R$ 28,3 bilhões), com base em ações negociadas de forma privada e incluindo dívidas.

A notícia vem uma semana após a de outra fusão de gigantes do entretenimento foi assinada. O grupo americano de telecomunicações AT&T anunciou a fusão de sua filial WarnerMedia, proprietária da CNN e HBO, com o grupo Discovery.

Quando o acordo for concretizado, a AT&T receberá US$ 43 bilhões, e seus acionistas terão 71% da nova empresa, enquanto os acionistas do grupo Discovery terão 29%. Em um comunicado conjunto, a fusão foi descrita como a criação de “um dos maiores players globais do streaming”. A AT&T anunciou a fusão da Warner com a Discovery como uma medida para recuperar capital e reinvestir perdas na área de telefonia.

No entanto, a fusão não deve ficar com todo o o acervo da WarnerMedia: segundo o New York Times, acionistas das duas empresas questionaram a viabilidade do negócio, anunciado de surpresa para o diretoria da Warner, que pode ser alvo de uma ação anti-truste, o que obrigaria a nova empresa a abrir mão de parte de suas subsidiárias para não configurar monopólio.