Alunos que se destacam são percebidos pelos professores, afirma diretor artístico do Femusc

Conviver por duas semanas com grandes musicistas e poder aprender com eles, além de trocar experiências com participantes de diversas partes do mundo. Cada dia no Festival de Música de Santa Catarina (Femusc) traz a possibilidade de crescimento na área, mas também oportunidades que vão além dos “muros” do festival. Um novo amigo, uma nova música e porque não uma bolsa de estudos no exterior, tão almejada pelos músicos.

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Considerado o maior festival-escola da América Latina, o Femusc se tornou uma ponte entre os jovens aprendizes e músicos experientes, assim como com as oportunidades de dar continuidade aos estudos em importantes institutos fora do país. De acordo com o diretor artístico, Alex Klein, cerca de cem alunos do Femusc saíram da cidade com bolsas para estudar no exterior nesses 13 anos. “Sempre há essa oportunidade, mas como nós não damos a bolsa diretamente, procuramos não fazer alarde até que algo saia realmente. O que fazemos é colocar eles (alunos) em contato com professores que possam fazer essa ponte”, enfatiza.

Conforme Klein, os alunos que se destacam acabam sendo percebidos por estes professores. “Isso é muito bom e claro que todos procuram oportunidades assim. Nós temos contato com escolas do exterior que oferecem bolsas, inclusive uma em que o aluno não precisa falar inglês”, comenta. E em 2018, quem teve a possibilidade revelada foi o violinista catarinense Paulo Batschauer, 25 anos, que está comemorando a indicação para uma bolsa na Nicholls State University, nos Estados Unidos.

Batschauer participa pela quinta vez do Femusc | Foto Maycon Lammerhirt/Divulgação

Formado em música pela Udesc (Universidade de Santa Catarina) e natural de Joinville, ele foi indicado por Alex Klein, após conversas com os professores do Festival, ao também professor James Alexander, da universidade americana. “Claro que ele ganhou a oportunidade aqui, mas porque estava preparado, porque toca bem e é uma pessoa muito boa”, pontua Klein.

Para o joinvilense, que começou a tocar violino aos cinco anos de idade, mas parou aos 17 para cursar engenharia – área que largou antes mesmo de se formar para retomar à musica -, o momento é de felicidade, mas com pés no chão. “Recebi a recomendação, mas tenho todo o procedimento burocrático para fazer ainda. Essa notícia me pegou de surpresa, não estava esperando, mas é uma oportunidade realmente importante”, revela.

Batschauer participa pela quinta vez do Femusc e sabia que alguns professores que vinham ao festival, como foi o caso de James Alexander, algumas vezes acabavam convidando alunos para irem estudar no exterior. “Acho que o Femsuc abre portas: você conhece professores, conhece um monte de gente e essas pessoas conhecem como chegar lá, já passaram por esse caminho antes de você. É um festival essencial para o músico da região e até de fora, por justamente ele abrir o caminho para o músico”, acredita. O jovem conta que a bolsa para qual foi indicado é uma “bolsa de conservatório, uma preparação de um ano para ingressar no mestrado”.

Para o joinvilense, o momento é de felicidade | Foto Maycon Lammerhirt/Divulgação

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Confira a programação do Femusc

As retiradas de ingressos para as apresentações do festival são feitas com dois dias de antecedência às datas da programação ou até uma hora antes dos espetáculos, mediante disponibilidade de ingressos.

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