Alerta vermelho: entenda a Nomofobia, o medo irracional de ficar sem celular

Foto: Pixabay

Por: Isabelle Stringari Ribeiro

17/07/2024 - 18:07 - Atualizada em: 17/07/2024 - 18:14

A nomofobia, um medo irracional de ficar sem o celular, tornou-se um desafio crescente de saúde devido à onipresença dos smartphones no cotidiano das pessoas. Este termo, derivado de “no mobile phone phobia” em inglês, descreve a ansiedade intensa que muitos experimentam ao perderem o acesso aos seus dispositivos móveis. Para muitos, o celular se tornou uma válvula de escape, facilitando a comunicação, o acesso à informação e até mesmo a realização de tarefas diárias. Esse medo pode surgir de diversas formas, como a preocupação com a perda do aparelho, falta de bateria ou ausência de sinal.

A nomofobia pode ter efeitos significativos na saúde mental, como explicado por Marcos Gebara, psiquiatra e presidente da Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro (Aperj). Ele afirma que o hábito se torna uma doença quando começa a prejudicar a vida profissional, afetiva e familiar, especialmente quando o uso do celular se torna excessivo e interfere em outras áreas da vida.

Os sintomas da nomofobia incluem ansiedade intensa ao perder o celular, verificar constantemente o aparelho mesmo sem notificações, priorizar o celular em detrimento de outras atividades importantes e preocupação constante com o dispositivo. Além disso, sintomas físicos como palpitações, suor excessivo e dificuldade para respirar podem estar presentes.

A condição pode evoluir para transtornos mais graves, como depressão e síndrome do pânico, e tende a afetar tanto crianças quanto adultos. Crianças, especialmente, podem enfrentar impactos significativos no desenvolvimento social e educacional devido ao uso excessivo de celulares como meio de comunicação e entretenimento.

As causas da nomofobia são multifatoriais, incluindo o uso crescente da tecnologia, dependência das redes sociais, busca por validação social e o medo de perder informações importantes. Indivíduos com histórico de ansiedade, baixa autoestima e dificuldades em lidar com estresse são mais suscetíveis.

O tratamento da nomofobia envolve frequentemente terapia psicológica, como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que foca na modificação de pensamentos e comportamentos relacionados à dependência do celular. Práticas de autocuidado, como meditação e exercícios físicos, também são recomendadas para reduzir a dependência do celular e melhorar a saúde mental.

É fundamental buscar ajuda profissional em centros de saúde mental ou clínicas especializadas para um tratamento adequado e eficaz da nomofobia.

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Isabelle Stringari Ribeiro

Jornalista de entretenimento e cotidiano, formada pela Universidade Regional de Blumenau (FURB).