Essa tradição remonta a práticas culturais e religiosas que associam a cor à paz, pureza e renovação. Embora seja popular em várias partes do mundo, no Brasil essa prática ganhou força graças à influência das religiões afro-brasileiras, como o Candomblé e a Umbanda. Nessas tradições, o branco é uma cor sagrada, usada em rituais para homenagear Iemanjá, orixá das águas e símbolo de proteção e fertilidade. No final do ano, é comum que devotos vistam branco para atrair boas energias, purificar o espírito e pedir bênçãos para o ano que se inicia.
O costume também foi abraçado pela cultura ocidental devido à sua simbologia universal. Em muitas culturas, o branco é associado ao início de ciclos e à esperança de dias melhores. No Brasil, essa tradição foi popularizada nos anos 1970, impulsionada pela atmosfera tropical e pela força dos rituais à beira-mar, que se tornaram marca registrada da celebração do Réveillon.
Além do aspecto espiritual, o branco passou a simbolizar um desejo coletivo de paz mundial, especialmente em tempos de conflitos. Assim, vestir branco na virada do ano transcende a moda: é um gesto de conexão com tradições ancestrais e uma expressão de esperança por harmonia, prosperidade e renovação, unindo diferentes culturas em torno de um mesmo propósito.