4º Festival de Cinema de Jaraguá do Sul foi a melhor edição de todas, avalia organização

Foto: Divulgação.

Por: Elissandro Sutil

06/10/2021 - 13:10 - Atualizada em: 06/10/2021 - 15:19

A 4ª edição do Festival e Cinema de Jaraguá do Sul terminou na quinta-feira (30) e foi considerada a melhor de todas as edições pelo seu espírito permanente de inovação, trabalho voluntário e equipe geral sempre coesa.

O evento de encerramento foi apresentado e transmitido, pela primeira vez , fora de Jaraguá do Sul, na unidade da Unisociesc, em Joinville, uma das apoiadoras culturais do festival.

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Também como uma das inovações, o festival trouxe uma ação inédita para este tipo de evento e que foi bem recebida pela comunidade cultural nacional, provou que levar o evento para outras regiões é uma fórmula totalmente viável e proporciona a projeção de Jaraguá do Sul e do Festival para o cenário nacional.

“Jaraguá do Sul mais uma vez se destaca no setor cultural. Desta vez, o cinema foi o protagonista da vez. Não podemos deixar de dizer que em tempos de pandemia todos os setores tiveram que inovar. Inclusive o cinema. Entre os dias 26 a 30 de setembro Jaraguá do Sul foi destaque nacional e internacional com a 4ª edição do Festival de Cinema. Foi um sucesso e mostrou que está no caminho certo”, afirmou Bruni Hübner Schwartz, integrante da comissão do festival.

“A cultura de uma cidade não pode ficar atrelada a ela mesma. Tem que se expandir, gerar novos formas de se apresentar ao segmento nacional. E o festival tem esse objetivo de se inovar nesse sentido desde o início”, destacou Isaac Huna, idealizador e membro da comissão organizadora.

Dos mais de 400 inscritos, participaram desta edição do festival, 130 filmes na amostra gratuita. E foram liberados durante os quatro dias da programação.

Além disso, cinco produções convidadas foram exibidas na plataforma InnSaei.tv e o canal do festival.

Durante os quatro dias de exibição, as visualizações dos vídeos nas duas plataformas superaram as 25 mil visualizações. Um recorde em relação as edições anteriores.

“Exemplo de determinação, paixão e muito trabalho o Festival de Cinema de Jaraguá do Sul mostra, em sua 4ª edição, que há espaço para o empreendedorismo no meio cultural brasileiro. Jaraguá do Sul tem sido referência em associativismo, voluntariado e empreendedorismo e, com outros movimentos culturais como Femusc, Feira do Livro e Festival de Dança, o jovem Festival de cinema cresce exponencialmente enquanto inova com a modalidade virtual que veio para ficar. É certo que, mesmo voltando aos palcos e telões físicos, seguirá também em modo virtual garantindo a inclusão e escalada alcançando diretores, atores e público de todo país de do mundo. Parabéns Jaraguá do Sul”, mencionou Ronaldo Lima, também integrante da comissão.

Vale destacar que em 2018 e 2019 o festival teve um público presencial local de mais de 3 mil pessoas, e na edição online de 2021, mais de 10 mil visualizações.

O festival também contou com bate papos ao vivo com realizadores participantes de diversas partes do Brasil, debatendo assuntos em geral do segmento do audiovisual em geral.

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Em destaque, a participação do diretor artístico do Alex Stein, do Femusc.

As ações culturais online pré festival que aconteceram entre maio e setembro com profissionais de diversos estados, também contribuíram para consolidar o seu nome no país todo. Foram 26 lives, as quais mais de 2,5 mil pessoas assistiram.

Nelson Pereira, conselheiro e colunista do OCP, é integrante da comissão e comemorou o sucesso do festival.

“Com o 4º Festival de cinema, se concretizou mais um degrau em nosso propósito de formar um polo de áudio visual em nossa região, acreditando na 7ª arte”, contou.

A comissão organizadora já iniciou o planejamento da 5ª edição do festival com inovações e novidades no projeto.

Vencedores do festival

Melhor Animação

Curta de drama, “Poética de barro” de Giuliana Danza (MG)

Sinopse: Bucólico, delicado e sensível, é animado em stop motion com argilas do Vale das Viúvas de Maridos Vivos (Jequitinhonha), baseado no trabalho de ceramistas mineiras.

Melhor Comédia

Curta “Menina veneno” de Gleison Mota (SP)

Sinopse: Vivi é garota de programa, que se apaixona por um de seus clientes, o astro do rock Phillip Neves. Com temperamento explosivo, ela terá que aprender a lidar com ele, sua vida profissional e familiar

Melhor Experimental

Curta “Reexisto” de Rodrigo Campos e Lethicia Galo (SP)

Sinopse: Uma pandemia, quarentena, 23 fotógrafos, 10 estados brasileiros e 2 países. Mais de 200 fotos produzidas entre março e junho de 2020. Quais os seus olhares, as suas angústias e aspirações?

Melhor Videoclipe

“Tagore – Tatu” de Fabrício Koltermann (RS)

Melhor Drama

Curta “Lay” de Diego Cosac (RJ)

Sinopse: Ao se mudar para o edifício onde o casal Pablo e Dário residem, um misterioso vizinho transforma a vida deles radicalmente. Com segredos revelados, eles se veem aprisionados numa teia de intrigas.

Melhor Ficção

Curta “De vez em quando eu ardo” de Carlos Segundo (MG)

Sinopse: Louise é uma fotógrafa que busca a simbióse dos corpos. Seu encontro com Tereza, uma jovem que se oferece para participar da sessão de fotos, cria um abalo, muito maior do que elas podem imaginar.

Melhor Documentário

Curta “Finado Taquari” de Frico Guimaraes (SP)

Sinopse: O assoreamento do Rio Taquari, no Mato Grosso do Sul, dificulta a navegação e circulação de famílias de uma região onde o rio é estrada. Mas, não para o Everton e os tripulantes do “20 de Janeiro”.

Melhor Suspense/Terror

Curta O QUARTO NEGRO de Carlos Kamara (PE)

Sinopse: Amélia vive sozinha num casarão antigo numa cidade do interior. Lucia, sua filha, após várias tentativas para conseguir as escrituras dos bens da família, Lúcia leva mais uma empregada para ajuda-a.

Melhor longa-metragem

Ficção “Albertina” de Luiz Fernando Machado (SC)

Sinopse: No início do século XX , em Imaruí, em Santa Catarina, nasce Albertina, que persiste crer na bondade humana. Seu carisma e testemunho atraem o que há de melhor no ser humano, mas também o que pode existir de pior.

Melhor curta-metragem

Drama “Papinha de goiaba” de Tiago Fonseca (RJ)

Sinopse: Um conto de fadas pós pornô sobre a homofobia na infância.

Melhor Atriz

Rafaella Pessoa, no curta de suspense “Arapucas” de Danilo Kamenach (GO)

Sinopse: Inspirado em obras de suspense dos anos 80, o filme Arapucas possui enredo com temática de consciência ambiental. E foi criado a partir de uma vivência pessoal do diretor.

Melhor Ator

Bruno Goya no curta de terror “Dual” de Marcio Jorge de Farias (PE)

Sinopse: Eduardo é um músico introvertido, que vive isolado em uma casa sombria, lutando diariamente contra a única coisa que lhe faz companhia: sua dualidade. Entre visitas inconvenientes de sua mãe controladora e consultas com seu psiquiatra, a angústia e sofrimento provocados por sua dualidade levam Eduardo a uma situação extremamente aterrorizante

Melhor Direção

Curta de comédia “E agora, Maria?” de Bruna Maria e Camila Gregório (BA)

Sinopse: Viver o último ano do ensino médio é um turbilhão de emoções: lidar com o futuro, as inseguranças e com as coisas do coração. Maria Rita está apaixonada pela sua melhor amiga… e agora?

Melhor Direção Fotografia

Ivanildo Machado no curta suspense “O quarto negro” de Carlos Kamara (PE).

Sinopse: Amélia vive sozinha num casarão antigo numa cidade do interior. Lucia, sua filha, após várias tentativas para conseguir as escrituras dos bens da família, Lúcia leva mais uma empregada para ajudá-la.

Melhor Direção Arte

Sérgio Chaves no curta suspense “Story Telling” de Fábio Brandão (RJ).

Sinopse: Dois roteiristas se reúnem em uma casa sinistra para escrever um filme de terror, que vai acontecendo “ao vivo” ao mesmo tempo em que comentam, e traçam os rumos e ações de cada personagem.

Melhor Roteiro

Roger Vidall no longa ficção “Amores artificiais” de Roger Davill (RJ).

Sinopse: Samanta, quando criança, teria sido abusada por seu pai. E por conta disso, desenvolve um transtorno psicossocial, que são suas aliadas no jogo das relações interpessoais, já como adulta.

Melhor Montagem

Eduardo Consonni e Rodrigo Marques no longa documentário “A nossa bandeira jamais será vermelha” de Pablo Guelli (SP).

Sinopse: O filme mostra a luta dos jornalistas independentes no Brasil para romper o embargo informativo imposto pelas 6 famílias que dominam o sistema de informação do país.

Melhor Figurino

Gesiane Martins no longa de ficção “Albertina” de Luiz Fernando Machado (SC).

Sinopse: No início do século XX, em Imaruí, no estado de Santa Catarina, nasce Albertina, que persiste crer na bondade humana. Seu carisma e testemunho atraem o que há de melhor no ser humano, mas também o que pode existir de pior.

Melhor Trilha

Piero Bianchi no curta suspense “Dual” de Marcio Jorge de Farias (PE).

Sinopse: Eduardo, um músico introvertido, luta dia a dia contra o único que lhe faz companhia: a dualidade da sua existência. A angustia e o sofrimento, lhe provoca essa situação aterradora.

Som Direto

Gustavo do Vale no curta suspense “A comunhão das rosas” de Lucas Scalco (SP).

Sinopse: Uma mulher é assassinada por seu namorado num apartamento em São Paulo. Após ser atormentado pelo espírito de sua vítima, o assassino toma uma decisão.

Melhor Diversidade

Curta suspense “Armário de vidro” de Dani Sou (SP).

Sinopse: Amanda é uma jovem que decidiu sair de casa e viver sua vida por completo. Tinha um bom emprego, bons amigos ao seu lado, mas uma relação amorosa extremamente tóxica e violenta.

Menção Honrosa Experimental

Animação “Rasga mortalha” de Thiago Martins de Melo (AM).

Sinopse: Rasga mortalha parte da lenda da coruja “Suindara”- muito contada no folclore do Norte e Nordeste – para abordar as urgências sociopolíticas do país. Crê-se que sua aparição, traz consigo o signo da morte.

Menção Honrosa – Ficção/Aventura

“O amor é um cão do inferno” de Sacha Bali (RJ).

Sinopse: Narra a última noite da vida de um casal que se suporta há 15 anos. Margarete resolve questionar seu marido Téo sobre uma traição do passado. Então, a discussão toma proporções inimagináveis.

Menção Honrosa – Documentário
“Linha de frente Brasil” de Elder Fraga (SP).

Sinopse: A equipe do filme acompanhou o dia a dia dos profissionais da saúde durante o pico da pandemia na primeira onda, em três UTI´s da Covid-19 em Santos (SP). Entre março e novembro de 2020.

Menção Honrosa – Animação
“Magnética” de Marco Arruda (RS).

Sinopse: A animação é uma alegoria psicoativa e antropofágica sobre o deslumbramento. Em uma cidade habitada por seres desenhados, um garoto indígena testemunha uma aparição holográfica.