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WEG: Política para mobilidade elétrica deve focar exportação

Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG. Foto: J.Somensi Fotografia/David Welter/FIESC

Por: Pedro Leal

20/10/2023 - 09:10 - Atualizada em: 20/10/2023 - 09:41

A produção de células de bateria de lítio, que é o coração da mobilidade elétrica, é liderada pela China. Aliás, o país asiático possui a cadeia produtiva completa para este segmento, enquanto que no Brasil essa cadeia supre de forma integral apenas veículos pesados.

De acordo com Daniel Godinho, diretor de Sustentabilidade e Relações Institucionais da WEG, países como os Estados Unidos já traçam planos para atrair fabricação de células de bateria de lítio. O executivo participou nesta quinta-feira (19) do Fórum RADAR Reinvenção.

“Já existem ônibus elétricos produzidos no Brasil, rodando nas grandes cidades, e nós temos toda a cadeia produtiva aqui, com uma indústria preparada para atender às necessidades do país na eletrificação dos transportes”, afirma Godinho.

No entanto, é preciso avançar na produção de baterias. “A China tem essa cadeia inteira, dos minerais, terras raras, passando pela célula de bateria, até a aplicação final que é o veículo elétrico, além do sistema de armazenamento de energia”, frisa.

Vários países estão estimulando a produção de baterias e, segundo o diretor da WEG, aqui temos uma grande oportunidade para o Brasil.

“A primeira vida dessa bateria vai numa aplicação automotiva e chega a durar dez, 12 anos. Depois da aplicação automotiva, a segunda vida dela pode ser usada como sistema de armazenamento de energia, uma tecnologia que vai durar mais dez anos, para então seguir para reciclagem. Por isso, é fundamental que o Brasil avance na cadeia produtiva de baterias e ímãs de terras raras”, aponta Godinho, que defendeu ainda que toda política industrial deve nascer com viés que nos conecte ao mercado externo.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).