A WEG, companhia global com sede em Jaraguá do Sul, no Norte de Santa Catarina, encerrou o segundo trimestre de 2025 registrando uma receita líquida de R$ 10,2 bilhões. O montante representa um acréscimo de 10,1% em comparação com o mesmo período do ano passado, sendo fortemente influenciado pela atuação no exterior, que respondeu por R$ 6,03 bilhões desse total.
O lucro líquido da empresa atingiu R$ 1,59 bilhão, apresentando avanço de 10,4% frente ao segundo trimestre de 2024. A margem líquida permaneceu estável, em 15,6%. Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 2,26 bilhões, com uma elevação de 6,5%, o que equivale a uma margem de 22,1%.
De acordo com a empresa, o bom desempenho internacional foi alavancado principalmente pelas regiões da América do Norte, Ásia-Pacífico e Europa. Considerando a moeda americana, a receita no exterior cresceu 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A valorização do dólar frente ao real — uma alta de 8,8% — também teve impacto positivo sobre os resultados em reais.
Na América do Norte, destacaram-se as vendas de transformadores de grande capacidade e equipamentos destinados a data centers. Já na China, o crescimento foi liderado pelos motores comerciais e por aparelhos eletrodomésticos.
Mercado interno desacelera com queda em eólica
No Brasil, o avanço da receita foi modesto, com crescimento de apenas 1,0%. Essa limitação foi atribuída, principalmente, à ausência de novos contratos no segmento de energia eólica, além da desaceleração nos investimentos da indústria. Em contrapartida, a companhia continuou a entregar projetos nas áreas de transmissão e distribuição elétrica e observou expansão nas iniciativas de geração solar.
Durante o trimestre, a WEG investiu R$ 583,4 milhões, sendo que 63% desse montante foram destinados a operações no território nacional e os outros 37% a unidades no exterior. No mesmo período, a empresa também concluiu a aquisição da americana Heresite Protective Coatings, especializada em soluções de revestimento para ambientes industriais agressivos, por US$ 9,5 milhões.
Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento somaram R$ 673,8 milhões no primeiro semestre de 2025, representando 3,3% da receita líquida acumulada no período.
Queda no ROIC e manutenção do caixa
O Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) fechou o trimestre em 32,9%, apresentando queda de 4,5 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A redução foi atribuída ao aumento no capital empregado, apesar do crescimento no lucro operacional após impostos.
A geração de caixa operacional acumulada até junho alcançou R$ 1,97 bilhão. Mesmo com elevados investimentos e o pagamento de R$ 1,45 bilhão em proventos aos acionistas, a empresa conseguiu manter um caixa líquido robusto, no valor de R$ 3,04 bilhões.
*Com informações dos portais Infomoney e ND