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Um quarto dos profissionais quer mudar de emprego, aponta pesquisa da IBM

Foto Mauricio Vieira/Secom

Por: Pedro Leal

26/02/2021 - 17:02 - Atualizada em: 26/02/2021 - 17:44

Um novo estudo do IBM Institute for Business Value (IBV) revelou que um em cada quatro consumidores pesquisados globalmente planeja mudar de empregador em 2021.

Mesmo com a economia global tendo uma perda equivalente a 255 milhões de empregos em tempo integral em 2020, o estudo mostra que as mudanças voluntárias de trabalho e o desenvolvimento de habilidades continuam sendo uma prioridade no mercado de trabalho atual, já que os funcionários podem estar buscando mudanças de carreira devido a interrupções causadas pela pandemia Covid-19.

Para ajudar os indivíduos a desenvolver habilidades para o futuro, a IBM está lançando o SkillsBuild, uma plataforma de aprendizagem online gratuita e aberta que visa capacitar os candidatos a empregos com preparação profissional para habilidades técnicas e de trabalho.

Seus principais diferenciais incluem um amplo portfólio de cursos interativos em vários idiomas, ferramentas de treinamento pessoal, oportunidade de desenvolver projetos de construção de portfólio e ganhar credenciais para mostrar suas habilidades a empregadores em potencial.

O estudo com mais de 14.000 adultos em todo o mundo também mostrou que muitos daqueles que fizeram mudanças de emprego voluntariamente em 2020 podem mudar novamente em 2021 por muitos dos mesmos motivos.

As descobertas no Brasil incluíram

1 em cada 10 pessoas que responderam à pesquisa deixou o emprego voluntariamente no ano passado durante a pandemia. Os principais motivos pelos quais os entrevistados decidiram pedir demissão foram:

  • 29% precisavam de mais flexibilidade de horário ou de local de trabalho (por exemplo, capacidade de trabalhar remotamente para lidar com as demandas da família);
  • 26% buscavam mais benefícios e suporte para seu bem-estar;
  • 23% disseram que não tinham boas perspectivas de progressão na carreira ou segurança no emprego;
  • 31% dos brasileiros pesquisados disseram que planejam mudar de emprego em 2021. As razões mais comuns são para buscar de aumento salarial ou promoção (33%), mais benefícios e suporte para seu bem-estar (29%), para mudar de profissão (27%) ou ter um trabalho com mais propósito e significado (25%); 23% disseram que estava enfrentando um burn out (esgotamento mental).

Os empregadores continuam a enfrentar desafios para atrair, reter e envolver candidatos e funcionários, especialmente da Geração Z e da Geração Y, diz Kelly Ribeiro, Líder de Talento e Transformação da IBM para a América Latina.

“A boa notícia é que tenho visto experiências de sucesso em empresas da América Latina que estão adotando uma abordagem analítica e baseada em dados com IA para enfrentar esse desafio e também para entender, personalizar e antecipar melhor as necessidades dos funcionários”, completa.

No Brasil, 52% dos consumidores pesquisados disseram que para engajar os funcionários é preciso gerar oportunidades de desenvolvimento e ascensão na carreira.

Quase a mesma porcentagem acredita que a ética e os valores da empresa (51%) também são um atributo chave.

A remuneração e benefícios competitivos (46%) bem como o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal/flexibilidade (44%) também foram mencionados como prioridades.

De acordo com um estudo do IBV de 2019 sobre o gap global de habilidades, 45% das organizações pesquisadas indicaram que não conseguem encontrar as habilidades de que precisam.

Mas a recente pesquisa de consumidor do IBV divulgada hoje mostrou confiança por parte dos trabalhadores: 87% dos profissionais acreditam que já possuem as habilidades necessárias para cumprir suas metas de emprego para 2021.

Apesar dessa confiança, a maioria dos funcionários continua planejando medidas para melhorar suas habilidades para o futuro.

  • 58% dos pesquisados no Brasil afirmaram que pretendem fazer cursos de educação continuada online;
  • 36% dos consumidores entrevistados planejam fazer cursos presenciais;
  • 35% querem participar de programas de shadowing profissional.

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).