Semana da Indústria relaciona saúde como um fator de competitividade

Por: OCP News Jaraguá do Sul

24/05/2017 - 15:05 - Atualizada em: 24/05/2017 - 15:18

A relação entre qualidade de vida e a melhoria da competitividade foi tema de palestra do diretor regional do Sesi, Jefferson Galdino, durante encontro na Aciag (Associação Empresarial de Guaramirim), na terça-feira (23), como parte da programação da Semana da Indústria no Vale do Itapocu.
“Hoje, cada vez mais o cuidado com o bem-estar é fundamental para que as pessoas se sintam mais realizadas não só do ponto de vista de expectativa de vida, mas por melhorarem a sua condição no mercado de trabalho”, destacou Jefferson ao ressaltar o esforço da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) em colocar a saúde na agenda empresarial.
Para ele, o empresário precisa levar em conta aspectos que vão além das questões de mercado, porque se ele não contar com trabalhadores saudáveis os índices de competitividade também estarão comprometidos. Esta mudança começa em entender o conceito de saúde e não de doença, com ações que vão gerar melhores resultados na relação custo-benefício, disse o diretor regional do Sesi. Por meio da aliança Saúde e Competitividade, lembra Jefferson, a Fiesc tem realizado eventos no Estado para estimular a indústria à mudança de mentalidade em relação ao assunto.

Em 2016, houve 89 mortes para cada grupo

de 100 mil trabalhadores com carteira assinada

Na palestra, ele apresentou dados sobre o impacto da saúde na indústria. Um dado apresentado aos empresários é de que 11% da folha de pagamento são aplicados no tratamento de doenças no Brasil, onde em 2016 foram registradas 89 mortes para cada grupo de 100 mil trabalhadores com carteira assinada. “Se considerarmos o universo de trabalhadores informais este número alcançará uma proporção muito maior”, pondera Jefferson Galdino.

A saúde no Brasil, conforme as estatísticas oficiais, representa um custo anual de R$ 70 bilhões somente em relação a acidentes de trabalho com afastamentos, não incluindo custos de hospitais ou do sistema de saúde. Outro indicador mostra que o custo com auxílio-doença alcança R$ 2,5 bilhões por ano com doenças funcionais, ou relacionadas com o trabalho, mas este número chega a R$ 18 bilhões se for considerado o período de afastamento do trabalhador. Além disso, 86% dos afastamentos ocorrem devido a doenças que não estão relacionadas diretamente à atividade do trabalhador. Nos países em desenvolvimento, 4% do PIB (todas as riquezas geradas numa nação) são desperdiçados por despesas com segurança do trabalho.

Prevenção para recebe um contingente

cada vez maior de trabalhadores maduros

“A população brasileira está envelhecendo, mas com o aumento da expectativa de vida para 78 anos no ano 2030, o contingente de trabalhadores com mais idade continuará sendo alto. Como mostram os estudos, até lá 38% da população da indústria terá mais de 45 anos de idade. Estas pessoas precisarão estar preparadas para a realidade de um mercado de trabalho cada vez mais exigente”, explica Jefferson Galdino quanto à importância da ação preventiva.
Hoje 40% da população convive com algum tipo de doença crônica – como diabetes, colesterol elevado, hipertensão etc. “Ser saudável depende prioritariamente de cada um de nós, dos nossos hábitos de vida e como nos comportamos com a nossa saúde no dia-a-dia”, frisou.

A programação da Semana da Indústria é uma iniciativa da Fiesc, por meio da vice-presidência regional do Vale do Itapocu, e será concluída no dia 30, na plenária da Acias (Associação Empresarial de Schroeder), com palestra do executivo da empresa Duas Rodas, Steven Rumsey, sobre o tema “Inovação e Educação”. Informações e confirmações de presença pelo telefone (47) 3372-9400.

*Com informações da assessoria da imprensa da Fiesc