Santa Catarina tem se destacado no cenário nacional devido à geração de emprego e renda, com números que refletem a força da economia estadual. Para ampliar as estratégias de empregabilidade e combate à pobreza, o Governo do Estado participou de dois eventos nacionais neste mês de março: a publicação das Diretrizes para Superação da Pobreza, em São Paulo (SP), e a assembleia do Fórum Nacional de Secretarias Estaduais do Trabalho (Fonset), em Goiânia (GO).
Os eventos analisaram o cenário de emprego e pobreza no Brasil. Com o menor grau de pobreza (4,2%) e de extrema pobreza (1,8%) do país, Santa Catarina mantém um histórico de redução contínua da vulnerabilidade social. Nos últimos 20 anos, o índice de pobreza no estado caiu 14%, um reflexo, portanto, das políticas públicas implementadas. A média nacional é de 16% no grau de pobreza e de 5,5% na extrema pobreza (os percentuais consideram dados do IBGE referentes a 2022 e 2023).
Os dados mostram que a geração de emprego é fundamental para a redução da pobreza. Em Santa Catarina, foram geradas 106 mil vagas formais de trabalho somente em 2024, conforme o Caged, o que ajudou a colocar o estado com a menor taxa de desemprego dos últimos 10 anos, de apenas 2,7%, de acordo com o IBGE.
Inclusão produtiva para combate à pobreza
“Santa Catarina já tem um modelo eficaz de desenvolvimento econômico e empregabilidade, mas seguimos buscando aperfeiçoamento. Participar desses encontros nos permite avaliar diferentes cenários e estudar casos bem-sucedidos em outros estados para implementar políticas que garantam ainda mais inclusão produtiva e geração de renda para a nossa população”, afirma o secretário adjunto da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviço (Sicos), Jonianderson Menezes.
No entanto, desafios ainda persistem: a taxa de desocupação entre os 10% mais pobres do estado chega a 20%. Já a informalidade atinge 52% dessa parcela da população.
Articulação e oportunidades no combate à pobreza
O gerente de políticas de emprego e ocupação da Sicos, Alexandre Souza, ressalta que a presença do estado nesses eventos reforça o compromisso com o fortalecimento do mercado de trabalho. “A construção de políticas públicas eficazes depende da articulação entre governos e setores produtivos. Esses fóruns são essenciais para discutir desafios e oportunidades, garantindo que Santa Catarina continue sendo referência em empregabilidade e redução da pobreza”, pontua.
A Assembleia Geral Ordinária do Fonset, em Goiânia, reuniu autoridades do setor para discutir temas como a articulação internacional do Ministério do Trabalho e Emprego, a Conferência Internacional do Trabalho da OIT, a COP 30 em Belém (PA), assim como a agenda com as bancadas parlamentares no Congresso Nacional.
Entre os destaques da pauta, está a celebração dos 50 anos do Sistema Nacional de Emprego (Sine). O serviço essencial para a intermediação de mão de obra bem como para qualificação profissional no Brasil. Em Santa Catarina, o Sine oferece mais de 9,8 mil vagas de emprego em todas as regiões do estado.