O salário mínimo necessário para atender as necessidades básicas de uma família brasileira de quatro pessoas subiu para R$ 5.969,17 em novembro – o maior valor da história – segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
Esta é a oitava alta seguida do valor, 5,42 vezes maior que o piso nacional vigente, de R$ 1.100. Na comparação com o piso em março de 2020, início da pandemia do coronavírus no Brasil, o salário mínimo já subiu 33%, acompanhando a escalada de preços da economia.
A pesquisa apontou também que o custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em nove cidades – As cestas básicas mais caras foram encontradas em Florianópolis, São Paulo e Porto Alegre, custando entre R$ 710,53 e R$ 685,32.
Já as cestas mais baratas estão em Aracaju, Salvador e João Pessoa, com preços entre R$ 473,26 e R$ 508,91.
A supervisora da Pesquisa, Patrícia Costa, fala dos alimentos que mais tiveram aumento.
“No conjunto das regiões, quando se observa os produtos que mais tiveram elevação de preço foram: o café aumentou em 17 das cidades, o açúcar e óleo de soja, que o preço aumentou em 16 das 17 cidades onde o Dieese realiza a pesquisa”.
O café subiu de preço impactado pela geada de julho. Já o açúcar aumentou o custo por causa da baixa oferta do produto e o óleo de soja sofreu alta influenciada pela valorização do dólar frente ao real.
Por outro lado, também teve queda no preço de alguns produtos, como a carne bovina. Segundo Patrícia Costa, essa queda é explicada, em partes, pela sanção da China à carne Brasileira
O arroz agulhinha também teve queda no preço por causa da baixa demanda e o valor do litro do leite caiu na maior parte das cidades porque houve melhora nas pastagens.
O estudo levantou informações sobre custo e variação da cesta em 17 capitais.
