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Saiba como economizar em viagens ao exterior com o novo IOF sobre câmbio

Foto: geralt/Pixabay

Por: OCPNews Brasilia

03/06/2025 - 09:06 - Atualizada em: 03/06/2025 - 09:48

O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tornou as viagens internacionais mais caras para os brasileiros. Isso porque a elevação da alíquota afeta operações de câmbio, como as compras feitas no exterior com cartões de crédito tradicionais e até mesmo a aquisição de moedas estrangeiras nas contas globais.

No entanto, a harmonização de alíquotas entre cartões de crédito, casas de câmbio e contas globais acirrou a concorrência entre as instituições para a fidelização dos clientes, com a oferta de beneficios que podem influenciar o planejamento das viagens.

Para as compras internacionais com cartão de crédito tradicional, o IOF subiu de 3,38% para 3,5%. No caso dos cartões de débito internacional, das contas globais, a alíquota saltou de 1,1% para 3,5%. Essa também foi a variação do IOF que incide sobre a compra de moedas estrangeiras em casas de câmbio.

Na tentativa de fidelizar sua clientela, bancos têm optado por oferecer descontos no IOF ou cashback como forma de compensar ou “devolver” o imposto e estimular os clientes em suas viagens e compras internacionais.

Além disso, os percentuais de spread cambial — a diferença entre os valores de compra e venda das moedas por bancos, fintechs e casas financeiras — também influem no custo final das operações.

As taxas de câmbio utilizadas também podem variar. As contas globais, por exemplo, costumam usar a cotação do dólar comercial, enquanto os cartões de crédito, em geral, aplicam o valor do dólar turismo.

Assim, considerando todos esses fatores, o consumidor precisará colocar tudo na ponta do lápis para fazer a escolha que mais lhe convém.

Um ponto para o qual os clientes devem se atentar é o momento da incidência do IOF sobre as operações de câmbio. Nos cartões de crédito, o imposto incide no momento da compra e do saque, se a retirada for feita no crédito — ou seja, durante a viagem.

Nesse caso, uma alta ou queda rápida do dólar, por exemplo, também afetará o total pago de IOF. Essas variações repentinas podem trazer surpresas ao planejamento financeiro da viagem.

Nos cartões de débito de contas globais, assim como nas casas de câmbio, o imposto incide no momento da compra da moeda estrangeira, em geral antes da viagem. Desse modo, pode haver maior controle sobre o valor do câmbio e, portanto, do montante total cobrado de IOF, sem grandes oscilações.

Por essa razão, utilizar os cartões de débito de contas globais ou adquirir moeda em espécie pode tornar mais simples e previsível a programação financeira da viagem e o controle dos gastos com o IOF.

Outro ponto a ser observado é o percentual cobrado de spread cambial. Na prática, o spread é o lucro que as instituições têm sobre as operações de compra e venda de moedas estrangeiras.

Nas operações de câmbio feitas por meio de cartões de crédito de grandes bancos, o spread tende a variar entre 5% e 6%. Por outro lado, nos cartões de contas globais, o spread costuma ser de cerca de 1% ou 1,5%. No caso das casas de câmbio, é preciso se informar.

Também é importante atentar para as diferenças na taxa de spread. Algumas instituições cobram a alíquota de forma regressiva — ou seja, quanto maior o volume de moeda estrangeira comprada, menor o spread.

Nesses casos, vale a pena se organizar para comprar as moedas de uma só vez ou buscar bancos e fintechs que ofereçam uma taxa única. Também pode haver diferenças de spread a depender do horário da operação e do perfil do cliente.

A estratégia de alguns bancos tem sido oferecer cashback para seus clientes, mas é preciso fazer as contas.

Por exemplo, se a instituição oferece 2,5% de cashback em compras internacionais, o cliente pode entender que o benefício fará com que o IOF, na prática, fique em cerca de 1% (3,5% menos 2,5% do cashback).

No entanto, mesmo nesses casos, é preciso ficar atento ao percentual cobrado de spread. Se for de 5%, ao fim, a taxa total sobre as operações de câmbio será de, pelo menos, 6% — o equivalente a 3,5% de IOF, menos 2,5% de cashback, mais 5% de spread.

Ou seja, a depender do valor cobrado no spread, mesmo com promoções de cashback ou descontos no IOF, pode ser que os benefícios ainda não compensem.

* Com informações da Gazeta do Povo.

 

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