Relatório OCP de novembro consolida perspectiva econômica positiva para o Vale do Itapocu

Foto: Projeto Lumiar

Por: Pedro Leal

20/11/2020 - 05:11

Em sua nona edição, o Relatório OCP de Expectativas de Mercado apresenta novas perspectivas quanto ao andamento da economia brasileira e regional nos próximos meses.

O levantamento de novembro aponta para um leve aumento na taxa de juros e a continuidade da tendência de redução na expectativa de queda do Produto Interno Bruto, que segue abaixo dos 5%.

O relatório também reforça a firmeza das projeções positivas para a economia dos municípios do Vale do Itapocu, registrando o quarto mês consecutivo com projeções otimistas, consolidando a convicção de uma recuperação total ainda neste ano.

Divulgado mensalmente, o relatório reúne a expectativa de lideranças locais sobre indicadores vitais da economia brasileira para o exercício de 2020, bem como a perspectiva de comportamento de economia regional.

Foto Studio OCP

Percepção regional positiva

Após o retorno das expectativas positivas registradas em agosto e a continuidade delas em setembro e outubro, o otimismo segue forte em novembro: 56% dos consultados acreditam que a região fechará o ano com resultado positivo.

Para 22% dos consultados, o ano deve ser de retração, enquanto outros 22% esperam um ano estagnado.

O número demonstra que, para as lideranças regionais, as medidas econômicas adotadas no país e nos municípios da região conseguirão reverter o estrago causado pela pandemia e ainda vão impulsionar o desenvolvimento local.

Produto Interno Bruto

A projeção de queda no PIB continua abaixo dos 5%.

A expectativa do empresariado de Jaraguá do Sul e região é que a queda no Produto Interno Bruto (PIB), a soma de toda a produção econômica do país, seja de -4,76% em 2020, mantendo a tendência de queda, consideravelmente menos intensa do que em agosto, com projeção de 5,71%, e julho, quando se esperava queda de 7%.

Em setembro, era projetada uma queda de 5,56%, enquanto a edição de outubro registrava projeção de -4,98%.

A queda projetada em agosto era a mesma registrada na somatória dos anos de 2015 e 2016.

Na primeira edição do relatório, em março, se esperava um crescimento de 1,9%. A perspectiva teve mudanças nos meses seguintes: -1,1% em abril, -3,7% em maio e -5,46% em junho.

A projeção de inflação para o consumidor amplo voltou a subir, e o Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), deve ficar em 2,55%, seguindo acima de 2%

Cotação do dólar

Para a cotação do dólar, há expectativa de uma melhora em comparação com a vigente, em queda desde do resultado das eleições americanas. Atualmente, o dólar opera na faixa dos R$ 5,40.

A estimativa na nona edição do relatório é que o dólar feche o ano em R$ 5,32, leve queda após o pico da projeção, de 5,33, em outubro.

A alta já vinha sido registrada ao longo do período de julho a setembro, quando a expectativa passou de R$ 5,10 para R$ 5,16 e depois para R$ 5,22.

Em junho, a expectativa era que a moeda fechasse o ano a R$ 5,27, contra os R$ 5,05 de maio, R$ 4,31 de março e R$ 4,78 de abril.

Taxa Selic

A taxa básica de juros, usada pelo Comitê de Política Monetária para controlar a crise, por sua vez, deve seguir baixa: a projeção de setembro é de que ela feche o ano na faixa de 2,02%, pouco acima dos atuais 2%.

 

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