O relator da reforma do Imposto de Renda na Câmara dos Deputados, Celso Sabino (PSDB-PA), ainda quer conversar com líderes partidários e com o governo para definir qual será o percentual da taxa cobrada sobre os lucros e dividendos distribuídos pelas empresas aos acionistas, atualmente isentos de imposto, segundo informações do Estado de São Paulo.
O texto enviado pelo governo ao Congresso na semana passada prevê alíquota de 20%, mas para representantes do setor, o percentual é demasiado e vai promover aumento brutal da carga tributária, distorções no sistema e afugentar os investidores.
“Já houve essa manifestação de alguns deputados para se discutir melhor isso, mas essa alíquota ainda não está definida, não está fechada", disse Sabino ao Estadão/Broadcast.
Na segunda-feira (28), em entrevista ao jornal Valor Econômico, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aventou a possibilidade de a taxa chegar a 15%, mas reduzindo a faixa de isenção dos dividendos.
Sabino não deu detalhes sobre quais números seu relatório deverá trazer, pois quer debater ainda a proposta com os setores da economia e também com seus pares. Na expectativa da reforma, a B3 fechou os últimos dois dias em queda, temendo aumento de taxação.