A partir de 2026, terá início a implementação da reforma tributária. Além das mudanças no pagamento de impostos no consumo, as alterações previstas já obrigam as empresas de todos os setores a se movimentar.
A reforma tributária estará regulamentada e entrará em vigor totalmente a partir de 2033, quando já não haverá mais o período de transição para a unificação de cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) no IVA dual: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Primeiros impactos
Especialistas explicam que as empresas terão que emitir e receber notas fiscais que já contemplem os novos tributos, ainda que eles não sejam pagos em um primeiro momento. A exigência representa um grande desafio técnico, já que os layouts dos documentos fiscais serão alterados para incluir cerca de 200 novos campos, demandando integração entre sistemas.
A empresa que não se adequar ficará impedida de emitir ou receber notas fiscais. A adaptação envolverá múltiplas áreas — como tecnologia, fiscal e contas a pagar — e exigirá planejamento para que, ao chegar janeiro de 2026, as operações de faturamento e pagamento possam seguir funcionando com segurança.
O que fazer
De acordo com especialistas, o primeiro passo é montar um plano de transição com grupos internos multidisciplinares que integrem tecnologia, contas a pagar, faturamento, fiscal e RH, que deverão acompanhar de perto o cronograma de atualizações dos fornecedores dos sistemas de gestão, além de mapear o impacto nos processos atuais, testar os novos layouts assim que forem liberados e planejar a infraestrutura necessária para que todo o ecossistema da empresa funcione em sincronia.
Uma das soluções é investir em tecnologia da informação (TI) para estar preparado durante o processo de regulamentação, pois nesse novo cenário, a busca por eficiência operacional se torna ainda mais estratégica. E para não haver falhas operacionais e gargalos logísticos durante a regulamentação da reforma, é necessário começar a pensar e testar as mudanças desde já.
*Com informações do g1