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Quais impactos a Selic à 11,75% causa para a população em geral?

Divulgação

Por: Pedro Leal

17/03/2022 - 13:03 - Atualizada em: 17/03/2022 - 13:52

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou na noite de quarta-feira (16) uma nova alta da Selic (a taxa básica de juros da economia brasileira, determinada pelo governo), chegando agora ao índice de 11,75%. Isso representa em uma alta de 1 ponto percentual.

Com a alta, o que mais se fala é no impacto disso nos investimentos, que tende a ser positivo. Mas, infelizmente a grande maioria da população não é investidora, mas sim endividada, e os reflexos dessa mudança são em todo o mercado. E, no dia a dia da população consumidora, esses impactos são na maioria das vezes negativos.

A avaliação é de Reinaldo Domingos, PhD em Educação Financeira e presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira.

Isso acontece porque, quando a taxa Selic aumenta, a tendência é que outras taxas de juros também aumentem. Ou seja, quem precisa fazer parcelamentos, financiamento ou tem que fazer dívidas tendem a pagar juros maiores, pagando consequentemente uma conta maior.

E o resultado dessa alta pode ser ainda mais alto, podendo impactar também nas dívidas já existentes. Assim, imaginem os juros de cheque especial ou de cartão de crédito, por exemplo, que já são exorbitantes? Esses devem aumentar ainda mais.

A alta também impacta na realização de sonhos como o do carro novo e da casa própria, aumentando os juros de crédito da população, como empréstimos e financiamentos, complicando e limitando a capacidade de consumo. A orientação nessa hora é analisar bem as contas e começar a trabalhar para uma maior estabilidade financeira, não criando complicações futuras.

E esse processo passa por uma mudança de comportamento em relação ao uso e à administração do dinheiro, o que implicará no fim da era do consumo exacerbado e impulsivo. O momento é de muita cautela e precaução, pois a saúde financeira e a realização dos sonhos das famílias dependerão dessa conscientização. É preciso reestruturar o orçamento financeiro e assumir o controle da situação, antes que se torne insustentável.

Por Reinaldo Domingos

 

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Pedro Leal

Analista de mercado e mestre em jornalismo (universidades de Swansea, País de Gales, e Aarhus, Dinamarca).